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Nazaré

Antigo diretor artístico do teatro Chaby Pinheiro, Cândido Ferreira, morre aos 71 anos

Ator e encenador esteve entre junho de 2004 e 2006 como diretor artístico da companhia residente do teatro na Nazaré.

O ator e encenador Cândido Ferreira, cofundador do Teatro O Bando e antigo diretor artístico do teatro Chaby Pinheiro, na Nazaré, morreu ontem, quarta-feira, em Lisboa aos 71 anos.

Na representação, Cândido Ferreira tanto trabalhou em cinema como em televisão, mas em particular em teatro desde a década de 1970, tendo iniciado carreira no Teatro Operário de Paris e cofundado, em 1974, a cooperativa cultural Teatro O Bando.

Cândido Ferreira, que, segundo o jornal Público, morreu no Hospital dos Capuchos, em consequência de um cancro, foi ator, dramaturgo, encenador, produtor, trabalhou com mais de uma dezena de companhias teatrais, entre as quais o Teatro Experimental do Porto, Artistas Unidos, A Escola da Noite e o Teatro da Cornucópia.

Nascido em 1950, Cândido Ferreira distinguido em 1988 com o Prémio Garrett, pela interpretação em “Comunidade”, a partir de um texto de Luiz Pacheco.

A partir de junho de 2004 e até 2006 foi o diretor artístico da companhia residente do teatro Chaby Pinheiro, na Nazaré.

A morte de Cândido Ferreira foi lamentada pelo Presidente da República, que enalteceu a encenação de “textos fortes da literatura portuguesa”, e pela ministra da Cultura, que recordou uma “carreira que evidencia a sua paixão pelo teatro”.

Também a Academia Portuguesa de Cinema lamentou a morte do ator, recordando as “dezenas de papéis em televisão, entre telefilmes, séries e novelas”, ao longo de mais de quatro décadas.

Foi presença recorrente sobretudo em papéis secundários, aos quais emprestou “a sua generosa bonomia a personagens de composição detalhada”, como escreveu Graça Fonseca.

Cândido Ferreira faleceu aos 71 anos.

Cândido Ferreira entrou, por exemplo, em “Os Canibais”, de Manoel de Oliveira, “Corte de cabelo”, de Joaquim Sapinho, “Adão e Eva”, de Joaquim Leitão, “Camarate”, de Luís Filipe Rocha, “Tabu”, de Miguel Gomes, “Os Maias”, de João Botelho, “Herdade”, de Tiago Guedes” e ainda em “Hotel Império” e “Cartas de Guerra”, do filho Ivo M. Ferreira.

Em televisão, foi possível vê-lo na telenovela “Laços de Sangue” ou na série “Liberdade 21”, e mais recentemente, em “Terra Nova”.

Com Lusa
Foto: Artistas Unidos e LFC

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