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Desporto

Faltou uma mão cheia de centímetros para evitar a maior frustração de sempre de Auriol Dongmo

As olimpíadas de Tóquio 2020 terminam domingo já sem atletas da região em prova. A lançadora Auriol Dongmo foi quem mais perto esteve de trazer uma medalha para Leiria.

A viver e treinar em Leiria, Auriol Dongmo ficou a cinco centímetros das medalhas no peso. “Ficar em quarto lugar é a coisa mais horrível da minha vida”, confessou no final Foto: FPA

Cinco centímetros apenas ditaram o afastamento de Auriol Dongmo das medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. À partida, um quarto lugar nem seria mau para a lançadora de peso que nas olimpíadas do Rio de Janeiro 2016 tinha ficado em 12º, representando os Camarões – antes da naturalização por Portugal e da mudança para Leiria, onde vive e treina.

Mas para quem tem como recorde pessoal 19,75 metros, os 19,57 obtidos no Japão e o diploma olímpico correspondente a um lugar entre os oito melhores sabe a pouco. “Dói-me muito, ficar em quarto lugar é a coisa mais horrível da minha vida”, disse Auriol no final, frustrada também por ter atingido os 20 metros nos treinos, ficando distante dessa marca e, ao mesmo tempo, muito perto dos 19,62 que deram o bronze à neozelandesa Valerie Adams.

No triplo salto feminino, que fez Portugal vibrar pela prata de Patrícia Mamona, Evelise Veiga tentou seguir-lhe as pisadas. Mas falhou a presença na final. “Não queria ser só mais uma na qualificação, queria fazer a diferença. Não foi possível, mas não é isso que me vai deitar abaixo”, disse a atleta da região, que até fez a sua melhor marca do ano (13,93 metros), ainda assim distante do recorde pessoal (14,32) e dos 14,40 exigidos para seguir em frente.

Fora da final do disco ficou Irina Rodrigues. A lançadora de Leiria admitiu que o stress e a ansiedade prejudicaram a performance. “É algo que eu tenho de continuar a trabalhar e a lutar, porque sei que consigo fazer melhor do que isto”. O melhor que conseguiu em Tóquio foi 57,03 metros, longe do recorde pessoal 63,96 metros.

Depois do recorde nacional nos 100 metros costas, o nadador Francisco Santos reconheceu ter ficado “um pouco aquém das expectativas” nos 200 costas. Mas a estreia nas olimpíadas foi bem positiva para o nadador da Benedita. Já o leiriense Filipe Gomes, atleta do Bairro dos Anjos que competiu pelo Malawi, onde nasceu, falhou por um centésimo o recorde pessoal nos 50 livres.

Fora das decisões de Tóquio 2020 ficou também a seleção portuguesa de andebol, que falhou a passagem aos quartos de final após a derrota por um golo (31-30) com o Japão. O ponta Pedro Portela, de Leiria, foi um dos melhores marcadores da equipa, apontando 15 golos.

Já sem representantes da região em prova nos Jogos Olímpicos, as decisões em Tóquio 2020 acontecem até domingo, 8 de agosto.

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