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Cultura

Documentários do projeto “Nascentes” estreiam na RTP Palco

Os cinco documentários revelam o processo de criação inerente às residências artísticas realizadas na aldeia das Fontes, nas Cortes, entre abril e maio deste ano.

Idalécio Francisco

Durante cinco semanas, dez músicos e dez artistas visuais mergulharam no ecossistema da nascente do rio Lis, envolvendo-se com a população da aldeia de Fontes para desenvolver, em residência artística, propostas sonoras e peças visuais.

Depois do lançamento das peças sonoras, são agora exibidos na RTP Palco os cinco pequenos documentários realizados por Tiago Gomes, que acompanhou todo o processo de criação, entre abril e maio.

Para Hugo Ferreira, responsável da Omnichord Records, que produziu a ideia, os documentários “espelham muito bem” o que foi feito naquele local, sobretudo devido ao “trabalho notável e intensivo” de Tiago Gomes, que “quase todos os dias acompanhava os trabalhos”.

“Estamos muito satisfeitos com a sensibilidade e a forma como a narrativa é exposta. Quem vir os documentários terá, provavelmente, uma noção muito aproximada do que aconteceu”, salienta.

Além disso, o responsável acredita que os filmes vão “abrir o apetite e a curiosidade” de quem não conhece o local. E apesar de esse não ser o objetivo principal, Hugo Ferreira espera que os visitantes usem o “lugar para se inspirarem” e “olhem para ali vendo que é possível construir entre académicos, artistas e a população local”.

Quanto ao objetivo principal, passou pela “transformação e documentação” do processo. “Sempre foi um esforço da nossa parte documentar todo o processo e este processo era tão ou mais importante do que o resultado que viesse dali”, explica o responsável, relembrando a complexidade do projeto e o método de trabalho “pouco usual” que levariam a que “as coisas corressem ou muito bem ou muito mal”.

Lançados a 18 de novembro na página online da RTP Palco, os documentários correspondem às cinco residências artísticas: “A Nascente como criação”, “O aparecimento do ser humano”, “O encontro com os outros”, “O misticismo, a crença e religião” e “A organização social”.

Para os próximos meses, está ainda prevista a disponibilização dos podcasts e dos temas criados nas plataformas digitais, assim como o lançamento de um livro sobre o projeto.

Quanto às obras plásticas criadas a céu aberto na nascente do rio Lis, a maioria mantém-se no local para ser visitada. Hugo Ferreira adianta que irão continuar lá “enquanto a população quiser”.

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