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Taberna do Zé Cristino. Comer bem pratos de antigamente

Homenageando uma antiga mercearia e o seu dono, o restaurante situado na Pederneira, no concelho de Ourém, recupera pratos da tradição gastronómica local.

Taberna do Zé Cristino situa-se na localidade de Pederneira, Urqueira, em Ourém

Da mercearia e taberna do Zé Cristino na localidade de Pederneira, Urqueira, Ourém, nasceu duas décadas depois da sua morte, em 2014, um restaurante que torna viva a sua memória. Recupera os espaços e objetos da antiga mercearia e adotou um estilo de decoração semelhante ao existente. Faz “homenagem à história da família e dele, Zé Cristino, como era conhecido”, conta o neto mais velho e responsável pelo projeto, Joel Marques.

Farinha 33, o Coqui, a pasta dentífrica Couto, o sabão Migo (ainda com preço de outros tempos, 150$00) e maços de Português Suave dão colorido ao balcão da taberna. Zé Cristino foi correspondente do Banco Português Atlântico e no seu espaço funcionou ainda o posto dos CTT e o telefone público.

O ambiente é familiar e muitos dos pratos recuperam a tradição gastronómica da localidade. Apostam na máxima do “comer bem” pratos de antigamente: cabrito confecionado em forno de lenha, chanfana e borrego guisado ou sopas de verde. No período de inverno, até à Páscoa, o cabrito volta à mesa, sobretudo ao fim de semana, servido com arroz de miúdos, ”como a minha mãe fazia antigamente” confessa Isabel Silva, que cozinha pratos a partir das receitas familiares e tradicionais. Os clientes procuram a “comida tradicional” e iguarias típicas, como as “Papas laberças”, feitas com farinha de milho e couve galega.

Sobressai a Tibornada de bacalhau com batata a murro e cebolada, o Bacalhau com crosta de alheira e broa, o Bife à taberneiro, inspirado no molho do picapau. Ali pode ainda ser degustada uma feijoada de coelho ou um naco de vitela com migas de grão. O Zé Cristino é aliás um dos restaurantes dos participantes do concurso “Tejo Gourmet” de 2022, com um prato de bacalhau.

Depois, há outros pratos menos tradicionais como a paelha ou cataplana (por encomenda), o frango de caril ou petinga frita com açorda, bem como peixe no forno com legumes ou pataniscas de polvo. Há espaço ainda para porco preto e picanha ou o magret de pato, bastante apreciado pelos emigrantes das redondezas, em período de veraneio.

Voltemos ao início da refeição para falar das entradas: queijo de cabra e ovelha, presunto e azeitonas. Já nas sobremesas, todas são caseiras e as opções versam o leite creme, o pudim de ovos, a mousse, a panacotta de frutos vermelhos ou o cheesecake. Quando há grupos, o arroz doce tradicional é rei.

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