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Fátima

Ucranianos rezam em Fátima pelo fim da guerra

Na homilia da peregrinação internacional aniversária, o presidente da celebração, D. Edgar Peña Parra fez uma alusão à paz. Já no final da celebração, na palavra aos fiéis, o bispo de Leiria-Fátima, D. José Ornelas fá-lo-ia também.

A poucos dias de completar 48 anos, Sergiy Zayika cumpriu mais uma peregrinação a pé a Fátima. Cinco dias de viagem, desde Lisboa, pelos Caminhos do Tejo, até integrar o grupo de bandeiras dos diferentes países e estandartes cujo cortejo percorreu o recinto do Santuário de Fátima, até ao altar, logo no início da celebração da Eucaristia. Desde 2014, que o engenheiro mecânico se põe a caminho, sempre acompanhado da bandeira do seu país, onde estão gravadas a caneta, as datas da sua peregrinação a pé. Vive em Portugal há 22 anos, usa camisa azul e boné preto com brasão da Ucrânia, enquanto o filho, já nascido em Portugal, enverga uma t-shirt amarela.

Neste ano, a bandeira e o seu país, a Ucrânia, são foco da atenção do mundo. Mas – sublinha – é a terceira vez em cem anos. A primeira, em 1933, “o povo morreu em silêncio”. Depois em 2014. Agora, “são vocês (comunicação social) que chamam a atenção e isso não fica esquecido”, agradeceu.

Sergiy, acompanhado da esposa Natalyia e do filho David, de 10 anos, rezaram pelo fim da guerra e “pelos militares Azov”. “Que Nossa Senhora também nos proteja”, frisa.

A sua família, apesar da guerra, mantém-se no país. Os pais “não querem sair”. Ou melhor, “o meu pai não quer sair da sua terra e a minha mãe não o deixa sozinho”. Já os outros familiares mais novos “receberam armas” e estão nas respectivas localidades. Faltam informações mais concretas, revela, que os parentes não dão, por razões de segurança.

Natalyia Shumeyko, 44 anos, fala diariamente com a mãe, que nos primeiros dias de conflito saiu de Kryvyi Rih, também a cidade natal do presidente Volodymyr Zelensky e se refugiou noutra aldeia.

Neste 13 de Maio, o pequeno David tinha uma missão muito concreta: entregar a Nossa Senhora dinheiro que encontrou caído no chão, 105 euros, quando foi ao cinema ver o filme “Fátima”.

Na homilia da peregrinação internacional aniversária, o presidente da celebração, D. Edgar Peña Parra fez uma alusão à paz. Já no final da celebração, na palavra aos fiéis, o bispo de Leiria-Fátima, D. José Ornelas fá-lo-ia também. A bênção da imagem de Nossa Senhora que agora seguirá para Lviv, na Ucrânia, foi muito aplaudida pelos fiéis, 170 mil aqueles que estiveram presentes no recinto do Santuário de Fátima.

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