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Cultura

Expira: entre a vida e a tecnologia, a humanidade em Ourém

No Castelo e Paço dos Condes há muitas obras desafiantes à espera dos visitantes. É “Expira”, o primeiro capítulo do projeto RGB, que pode ser apreciado até ao final de agosto.

Num dos torreões do Paço, “Future Sound of Ourém”, pelo coletivo Boris Chimp 504, convida a explorar a paisagem audiovisual do concelho, através do movimento

RGB, um ciclo de arte contemporânea que está patente no Castelo de Ourém e Paço dos Condes quer provocar o pensamento crítico através das três cores básicas: “Red” (vermelho), “Green” (verde), “Blue” (azul), cores que induzem à reflexão sobre “uma série de relações entre os três elementos mais preponderantes na sociedade atual, e que vivem de equilíbrios e desequilíbrios que se vão mantendo”, afirmou o curador do ciclo de programação, Carlos Veríssimo, em visita guiada à mostra, a 8 de julho.

A missão do projeto criativo pensado para Ourém é “criar uma relação mais fácil com as pessoas”, a partir das três cores: “‘Red’ – no humano, na emoção; o ‘Green’ na natureza; o ‘Blue’, na tecnologia e na máquina”. O programa surge por iniciativa do Teatro Municipal de Ourém e conta com apoio financeiro para programação, no âmbito do primeiro concurso da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses aberto pela Direção-Geral das Artes.

Neste ano, RGB é dedicado ao tema “Expira” e pretende provocar as experiências de fruição do profundo, numa era de vazios e de esforço de manutenção de relações sociais.

“Expira” apresenta várias práticas artísticas contemporâneas, como as artes digitais, desenho, instalações site specific, land art, vídeo arte e performance. As obras apresentadas no Castelo e no Paço dos Condes deambulam entre a natureza da contemplação e um certo grau de intimidade, com interação humana, tornando o espectador num performer.

Artistas conceituados como Pedro Tudela, Carla Cabanas, Patrícia J. Reis, já com trajetos de relevo, partilham o processo com meia dúzia de artistas e criadores de Ourém, como Tiago Silva, Francisco Verdasca e Paulo Rafael. “Estamos a criar outras paisagens e outras relações para as pessoas daqui”, criando oportunidades no território, realça o curador.

O projeto continuará em 2023 e ambiciona “criar novos públicos, capacitar territórios para estas ações”, aponta Carlos Veríssimo. Em paralelo há a possibilidade de itinerância de algumas peças de “Expira” pelo concelho. A mostra está patente até 31 de agosto.

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