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Porto de Mós

Seca: Câmara de Porto de Mós reforça fiscalização para evitar uso fraudulento da água

Uma das medidas apontadas pela autarquia passa pela monitorização constante das reservas de água existentes no concelho.

A Câmara de Porto de Mós, no distrito de Leiria, anunciou na sexta-feira, dia 12, o reforço da fiscalização para evitar o uso fraudulento da água, uma das medidas que visa a poupança de água para minorar os efeitos da seca.

“Temos uma equipa de fiscalização especialmente atenta às ligações diretas de contadores e utilização indevida das bocas de incêndio e fontanários públicos”, afirmou à agência Lusa o vice-presidente do município, Eduardo Amaral.

Segundo Eduardo Amaral, “a Câmara tem conhecimento de situações em que durante a noite pessoas enchem os tanques que transportam em tratores ou camiões de água de fontanários ou bocas de incêndio situados em locais mais recônditos, para evitar a sua deteção”, explicando que se começou a detetar em algumas zonas “um consumo superior ao habitual”.

Esta é uma das medidas que visam a poupança de água, apresentadas na quinta-feira, em reunião do executivo municipal, que incluem, ainda, a monitorização constante das reservas de água existentes no concelho.

“Neste momento temos menos 35% da nossa capacidade de reserva”, declarou Eduardo Amaral, adiantando que vai ser feito o registo dos “meios de apoio necessários caso seja imperativo o transporte de água às populações”.

Por outro lado, a autarquia vai reforçar “as campanhas de sensibilização junto da comunidade para o uso regrado da água e a sua poupança” e lançar aos alunos um concurso, para “premiar as melhores ideias implementadas na escola que reduzam consumos água e energia”.

Quanto aos sistemas de rega em espaços municipais, a Câmara reformulou “a programação das regas de todos os espaços verdes, estando os mesmos a ser regados no período noturno”.

“Paralelamente, foi efetuada uma redução para metade dos tempos de rega, passando esta a funcionar durante 5, 10 ou 15 minutos, conforme o coberto vegetal, por forma a otimizar o uso da água no período crítico de seca severa”, apontou Eduardo Amaral.

Eduardo Amaral esclareceu ainda que “é procedimento habitual, correspondendo a uma preocupação constante dos serviços municipais, a deteção e resolução de fugas de água, bem como a substituição de tubagens que possam encontrar-se em mau estado”.

Neste caso, foram, inclusivamente, “criadas zonas de medição e controlo, de modo a avaliar permanentemente a existência/aparecimento de perdas de água no sistema de abastecimento de água”.

À população, o vice-presidente do Município de Porto de Mós apela para que, nas atividades diárias, se evite o desperdício de água, para minimizar os efeitos da seca.

Já no âmbito da poupança de energia, além de campanhas de sensibilização dirigidas à população, funcionários municipais e escolas, a Câmara vai “desligar as luzes dos monumentos e edifícios municipais”, a partir das 24:00, sendo exceção o Castelo de Porto de Mós.

Realizar auditorias energéticas em vários espaços municipais, como os Paços do Concelho ou piscinas, “recuperar e instalar painéis fotovoltaicos nos edifícios municipais e espaços públicos”, reduzir o período de iluminação pública e “renovar a frota municipal por veículos elétricos” contam-se entre as iniciativas que a autarquia quer implementar.

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