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Cultura

Filme de Werner Herzog inicia ciclo sobre outras formas de vida no m|i|mo

Programação inclui oito filmes a exibir no primeiro sábado de cada mês no Museu da Imagem em Movimento de Leiria. O primeiro, “Uma história de família”, é já na tarde deste dia 4 de fevereiro, com entrada livre.

O presidente de uma empresa que aluga pessoas substitutas para clientes que precisam de ajuda no dia a dia (para eventos sociais ou reuniões do trabalho) é contratado para atuar no lugar do pai de uma menina de 12 anos, que está desaparecido. Porém, a ilusão vai colocá-lo num dilema… “Uma história de família”, de Werner Herzog, estreou em Cannes em 2019 e abre agora o novo ciclo de cinema intitulado “Almas inquietas” que arranca em Leiria este sábado, 4 de fevereiro (15 horas, entrada livre), no m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento.

A projeção está incluída na programação Tardes de Cinema do m|i|mo, que decorre no primeiro sábado de cada mês, até outubro.

Segundo a organização, o novo ciclo de cinema é composto quase na totalidade por filmes europeus, num alinhamento que pretende “abrir os horizontes sobre formas de vida que, usualmente, não ganham lugar nem espaço de fala nos grandes ou pequenos ecrãs”.

No primeiro ciclo, em 2022, as escolhas dos programadores Bruno Carnide e Cátia Biscaia – da associação Leiria Film Fest – recaíram sobre filmes oriundos do Japão e da Coreia do Sul. “Agora, dá-se voz às vivências de pessoas mais próximas e que, normalmente, não a têm: sejam elas minorias, pessoas pobres, com questões de identidade, mulheres, entre outros”, explica Cátia Biscaia.

Através dos oito filmes a projetar no Auditório António Campos procura-se ajudar a perceber “como outras pessoas travam as suas batalhas diárias”.

“Hoje em dia, fechamo-nos muito numa redoma que, muitas vezes não nos permite compreender ou aceitar outras vivências além daquelas a que estamos acostumados. Aquelas que vemos. Que nos entram pelos ecrãs dos telemóveis ou pela televisão. Mas o mundo é diverso, e as pessoas são muitas. Cada uma diferente da outra”, nota a organizadora.

A partir destas histórias que chegam da Rússia, da França, da Finlândia, dos Países Baixos, da Estónia ou do Cazaquistão mas também dos Estados Unidos da América, mostra-se que “cada país tem os seus costumes; cada história é única e especial. Não há duas vidas iguais. É essa janela que queremos abrir”, sublinha Cátia Biscaia.

Os filmes selecionados abordam temáticas como a solidão, capitalismo, perturbação mental, violência contra mulheres, pobreza, envelhecimento, questões de identidade de género, homossexualidade, primeiro amor, entre outros. “São objetos que trazem histórias de almas inquietas. Almas que sentem que têm de lutar, todos os dias, para serem aceites. São essas histórias que queremos dar espaço. São essas histórias que também merecem ser contadas”, acrescenta Bruno Carnide, lembrando a presença de “alguns realizadores aclamados” no seleção feita, casos de Werner Herzog, Gaspar Noé ou Juho Kuosmanen, entre outros.

As sessões decorrem no primeiro sábado de cada mês, a partir das 15 horas, com entrada livre no m|i|mo.

Programa

4 de fevereiro
“Uma história de família”, de Werner Herzog (2019) (Estados Unidos) M12, 1h29m

4 de março: “Ayka”, de Sergei Dvortsevoy (2018) (Rússia, Alemanha, Polónia, China, França, Cazaquistão) M16, 1h40m

1 de abril: “Girl: O sonho de Lara”, , de Lukas Dhont (2018) (Paises Baixos, Bélgica) M14, 1h 45m

3 de junho: “Mug – A face (Twarz)”, de Malgorzata Szumowska (2018) (Polónia) M14, 1h31m

1 de julho: “O verão de Santailé”, de Alanté Kavaïté (2015) (Lituânia, França, Paises Baixos) M14, 1h30m

5 de agosto: “Compartimento nº 6”, de Juho Kuosmanen (2021) (Finlândia, Rússia, Estónia, Alemanha) M14, 1h47m

2 de setembro: “Descerrando os punhos”, de Kira Kovalenko (2021) (Rússia, França) M14, 1h37m

7 de outubro: “Vortex”, de Gaspar Noé (2021) (França, Bélgica, Mónaco) M14, 2h22m

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