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Teatro Exclusivo

Há um Gato pelas ruas de Leiria a tecer a história de Eça, Amaro e Amélia

Tem havido corrida aos bilhetes para assistir ao espetáculo de rua do grupo “O Gato”, onde a presença de Eça de Queiroz em Leiria e o romance do padre Amaro com Amélia se cruzam em espaços históricos da cidade. Até 26 de fevereiro há mais quatro apresentações agendadas, duas delas já esgotadas.

Uma das cenas da Rota d’O Crime do Padre Amaro, na rua Direita. Há cinco estações principais na ação deste projeto da companhia "O Gato" Gil Álvaro de Lemos/CML

A dado passo da nova Rota d’O Crime do Padre Amaro, o próprio Amaro é avisado que vai acontecer a cerimónia de posse do novo administrador do concelho de Leiria. E quem é ele? Eça de Queiroz, precisamente o autor do romance homónimo que inspira a nova proposta teatral que estreou domingo, 29 de janeiro.

Nesta produção do grupo “O Gato”, pensada e dirigida por Fernando José Rodrigues, a história da passagem do escritor por Leiria – como administrador do concelho, entre 1870 e 71 – cruza-se com a do romance que o próprio escreveu, inspirado na Leiria daquele tempo.

Fernando José Rodrigues deu vida à primeira Rota d’O Crime, em 2010, a partir dos quadros de Sílvia Patrício. Agora, quando o município de Leiria o convidou para nova versão, decidiu fazer algo “completamente diferente”.

Pegou numa peça que tinha escrito e adaptou-a num par de dias. Em duas semanas, o seu grupo de teatro, “O Gato”, preparou-se em tempo recorde, com dois ensaios sob frio de rachar. “Trabalhámos no fio da navalha. É um grupo excecional, de atores dedicados, com espírito de arregaçar as mangas”.

O resultado “é uma viagem entre a obra ficcionada e homónima, de Eça de Queiroz, e a sua vida aqui”, conta o autor, diretor, encenador e também ator. Mas a viagem não é linear: “Não pensem que vão começar na página 1 e acabar na 100”.

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