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Combate as fake news

Francisco Gonçalves: “Um povo que não pensa por si é um prato cheio para persuasores”

Aluno de 12.º ano, na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, entende que um povo que não pensa por si pode entregar o poder às mãos erradas.


Francisco Gonçalves
Aluno de 12.º ano, na ESFRL

Como seria o teu dia a dia se não houvesse liberdade de imprensa?
A liberdade de imprensa numa sociedade livre é essencial. Os meios de comunicação social têm o papel de informar as massas através de uma investigação jornalística dos dados profunda e cuidada com neutralidade. Por sua vez, o papel do recetor será de raciocinar e daí tirar a sua conclusão.
Caso certos artigos que eu leia sejam censurados, independentemente do órgão que ordenou, não terei um juízo rigoroso sobre o assunto, levando à ignorância e, consequentemente, faz com que eu esteja à mercê de quem queira controlar a minha opinião, pois esta foi adulterada. Um povo que não pensa por si é um prato cheio para persuasores que tencionam chegar ao poder, bastando um discurso sedutor para oferecer o poder às mãos erradas.

O que podem os cidadãos e aqueles que têm responsabilidades políticas fazer para defender a imprensa?
A fim de defender a liberdade de imprensa, deve-se defender a liberdade de expressão individual pois o público é um dos maiores influenciadores da imprensa independentemente do seu viés.
Eventos como manifestações organizadas, greves, participação em debates e a prática do voto são formas de demonstração da vontade popular, devendo-se incentivar educação e pensamento através da leitura, escuta de pensadores, não com o intuito da doutrinação mas do livre pensamento e debate.
Se a sociedade se abstiver de demonstrar a sua vontade, sendo essa favorável ou não às premissas adotadas pelo governo, não existirá resistência a um possível autoritarismo do Estado que, por consequência, fará uso da imprensa. Daí a importância dos veículos de comunicação social serem compostos pelo povo.

As redes sociais contribuem ou dificultam a defesa da liberdade de imprensa? Porquê?
As redes sociais, desde a sua criação, foram projetadas para a circulação de informação de dentro ou fora de uma comunidade a longas distâncias. Isso tem permitido um enorme alcance em comparação com o que pessoas teriam nos meios físicos.
A imprensa também se fez divulgar nas redes sociais permitindo uma circulação ainda mais rápida e permitiu ainda que os artigos se compartilhassem não só pela sua página, mas também pelos seus seguidores, dando espaço a novos meios de comunicação que utilizam a comunicação virtual como base principal ou até mesmo única.
Porém, certas redes sociais limitam o debate de certos tópicos, visto que têm o poder de restringir o alcance e censurar certas notícias, artigos e opiniões e até mesmo de banir os usuários que os divulgam como acontece com certos conteúdos obscenos. Por outro lado, há casos em que o governo ou até mesmo as próprias redes sociais utilizam o seu poder para influenciar o povo, enaltecendo certas posições.
Resumindo, as redes sociais como meio contribuem bastante para a liberdade de imprensa devido à rápida divulgação, porém pode também ser um meio de censura e controlo de opinião.

O que pode a própria imprensa fazer para garantir que, no futuro, consegue continuar a cumprir a sua missão com independência e liberdade?
O papel da imprensa enquanto apenas um veículo de emissão de informação será o respeito e cumprimento para com a ética jornalística, a qual inclui a prática da imparcialidade visando o rigor da informação, independência, de modo a não ser controlada, e transparência para um maior detalhe, tudo face a subornos ou coerções.

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