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Leiria

Sistema de bicicletas partilhadas de Leiria arranca no primeiro trimestre de 2024

O sistema inclui a aquisição de 150 bicicletas elétricas e 20 docas, além de lugares de carregamento. A utilização será gratuita.

O sistema municipal de bicicletas partilhadas de Leiria vai entrar em funcionamento no primeiro trimestre do próximo ano, disse hoje à Lusa o vereador Luís Lopes.

“Garantidamente, no início do próximo ano, 2024, estará disponível”, afirmou Luís Lopes, explicando que a iniciativa carece da existência de um regulamento municipal, cujo início de procedimento vai hoje a reunião de Câmara.

Em 4 de outubro do ano passado, o Município de Leiria aprovou o lançamento do concurso público internacional para a criação do sistema público de bicicletas partilhadas da cidade, num investimento de 740 mil euros acrescidos de IVA, financiado em 85% por fundos comunitários.

O sistema inclui a aquisição de 150 bicicletas elétricas e 20 docas, além de lugares de carregamento. A utilização é gratuita.

Luís Lopes adiantou que foi retardado o fornecimento das bicicletas, porque o município quer “ter instrumentos de informação e de capacitação para utilização das bicicletas”.

“Vamos ter uma campanha de comunicação [em] que já estamos a trabalhar e vamos ter também vídeos que promovem o tipo de utilização, a manutenção, a utilização das docas, a utilização da própria bicicleta e algumas indicações relativamente ao Código da Estrada”, exemplificou.

O vereador, que tem, entre outros, o pelouro da Mobilidade, destacou que a existência de um regulamento acautela “algumas coisas que são muito importantes, nomeadamente segurança”, assim como “quanto tempo de utilização, em que circunstâncias” ou se pode haver o transporte de crianças.

Luís Lopes declarou que a autarquia também quis aprender com o sistema de bicicletas do Politécnico de Leiria em aspetos como a manutenção ou a reparação dos veículos.

O sistema municipal de bicicletas partilhadas de Leiria prevê a entrega do veículo, por um período máximo de seis meses renováveis, a um utilizador, estando uma parte das bicicletas destinadas ao utilizador ocasional.

“Noutras circunstâncias, nós podemos assumir que esta utilização é mais prolongada”, observou, referindo-se ao uso por “associações, instituições, entidades que, por alguma razão, pelo seu tipo de atividade, possam requerer esta utilização durante um período mais alargado”.

De acordo com o vereador, das 150 bicicletas estarão sempre disponíveis para uso diário um determinado número, assim como para os utilizadores convencionais, os moradores do Centro Histórico ou estudantes, números que vão sendo ajustados “em função dos interessados”.

“Haverá sempre uma parte que estará sempre disponível, ou seja, sempre na rua”, assegurou, esclarecendo que foram criadas “áreas preferenciais de moradores” que, caso não concorram ao uso da bicicleta, este vai ser estendido a outros locais, para que o sistema seja o “mais potenciado possível e haja maior número de utilizadores”.

Luís Lopes acrescentou que, dependendo do interesse manifestado pelos munícipes, a Câmara poderá aumentar o número de bicicletas partilhadas, desejando que as “pessoas adiram à utilização da bicicleta”.


Secção de comentários

  • Valerio Puccini disse:

    – “O sistema inclui a aquisição de 150 bicicletas elétricas e 20 docas, além de lugares de carregamento. A utilização será gratuita” –
    Perfeito, é uma excelente medida e em poucas palavras direi como vai acabar, não porque sou vidente, mas porque isso já aconteceu no meu Pais, a Itália.
    Depois de um período inicial de entusiasmo entre aqueles que, não tendo muita pressa no dia a dia, acharão emocionante ser vistos montados nos reluzentes veículos de duas rodas, seu uso começará a diminuir. Depois disso, os usuários agora desencantados começarão a abandoná-los onde lhes for conveniente e não nas barracas designadas. Na última fase então, os cadáveres semi-desmontados dos “cavalos eléctricos” começarão a aparecer nos locais mais díspares, provavelmente até no leito do rio Lis, outros desaparecerão para sempre, usados ​​noutros locais, talvez repintados noutra cor. Alguns poderão dizer que, dada a gratuidade do serviço, os cidadãos ficarão gratos ao Município e respeitarão os meios. Não, não será assim e principalmente por isso, porque tudo que é de graça não tem nenhum valor.

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