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Leiria

Mil casos de violência doméstica no distrito de Leiria registados pelas autoridades

O concelho de Leiria é o que apresenta o maior número de participações (264), havendo outros três acima dos cem casos: Marinha Grande, Alcobaça e Pombal

homem de punhos cerrados a ameaçar mulher
Arquivo

As autoridades policiais do distrito de Leiria registaram mil queixas relativas a crimes de violência doméstica no ano passado, o que se traduz em quase três casos por dia.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as 1.003 queixas apresentadas às policias traduzem um aumento homólogo de 15% e de 39,1% em relação a 2018.

O acréscimo registado no distrito de 2021 para 2022 é semelhante ao verificado a nível nacional (15,7%), mas muito superior à média do país (16,3%) em comparação com há cinco anos.

O concelho de Leiria é o que apresenta o maior número de participações (264), havendo outros três acima dos cem casos: Marinha Grande, Alcobaça e Pombal.

Entre os municípios com mais queixas, o maior crescimento no ano passado, em comparação com o período homólogo anterior, foi Alcobaça (89%), seguido de Pombal (74,1%), e Caldas da Rainha (46,1%). Na Marinha Grande e em Leiria a subida foi na casa dos 20%.

Os cinco concelhos do norte do distrito de Leiria são aqueles que apresentam menos denúncias por crimes de violência doméstica, sendo que em Castanheira de Pera houve ‘apenas’ três situações participadas no ano passado.

Contactos e números de emergência

Associação Mulher Século XXI
Largo Rainha Santa Isabel, Nº1 r/c Dto 2410-165 Leiria
Tel. 244 821 728
Tlm. 964 854 462
Tlm. 910 908 368
email. geral@mulherseculoxxi.com
Centro de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica
244 821 728
Linha de Apoio à Vítima Idosa de Violência Doméstica (chamada gratuita)
800 210 340


Secção de comentários

  • VP disse:

    Mil casos de violência doméstica no distrito de Leiria registados pelas autoridades.
    Estes dados deverão fazer-nos reflectir sobre o estado do tecido social, ainda que falte um dado essencial, nomeadamente os dados estatísticos sobre a nacionalidade e o nível de escolaridade das famílias envolvidas. Porque obviamente os “hábitos” são muito diferentes dependendo da origem e da cultura. Podem depender de uma “religião” cujo desrespeito poderia constituir uma possível razão para a violência. Podem depender da cultura, porque certos episódios de violência tendem a ser estatisticamente mais numerosos em famílias com baixo nível educacional. Podem depender da persistência de tradições “tribais”, que conferem às mulheres, por exemplo, um papel secundário de respeito limitado. Os dados assim apresentados, sem qualquer detalhe aprofundado, colocam quem os lê na posição de pensar que os cidadãos portugueses são propensos à violência doméstica “tout court” e não me parece que isso represente uma representação credível e acima de tudo dados exaustivos.

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