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Crónica irregular: Compromisso(s) e cidadania

O principal compromisso do jornalismo é a procura da “verdade”. Uma missão que responsabiliza tanto jornalistas, como cidadãos.

Pedro Jerónimo, curioso dos media e do jornalismo de proximidade pj.news@gmail.com

O principal compromisso do jornalismo é a procura da “verdade”. Uma missão que responsabiliza tanto jornalistas, como cidadãos. Em “Os Elementos do Jornalismo: O que os profissionais de jornalismo devem saber e o público deve exigir”, Bill Kovach e Tom Rosenstiel referem-no, embora quase esquecendo o papel dos cidadãos – mais tarde reconheceram a importância destes na construção noticiosa. Algo que ainda se repete com frequência, quase uma década depois do livro ter sido publicado. Os estudiosos têm-se focado mais na profissão, nos profissionais e no produto, do que noutros atores, igualmente relevantes em todo o processo.

Neste contexto, importará questionar: será que os cidadãos, de uma maneira geral, “exigem” alguma coisa do jornalismo? Para Kovach e Rosenstiel, a sua principal finalidade “é fornecer aos cidadãos a informação de que precisam para serem livres e se autogovernarem”. Essa informação, que os jornalistas trabalham, resulta naquilo que conhecemos por notícias. Mas será que elas interessam aos cidadãos? Servem-lhes para alguma coisa? Que implicações têm no seu quotidiano? “Precisam” mesmo delas? Serão mesmo determinantes para os cidadãos se “autogovernarem”?

Ficam as questões como exercício de reflexão. A recente tempestade e as suas implicações no concelho e no distrito parece-nos um bom exemplo para ajudar a responder a parte delas.

(texto publicado a 14 de fevereiro de 2013)