A minha primeira máquina de escrever adquiri-a, como referi, nos meus 16 anos, para atender ao justo protesto tipográfico contra a ininteligibilidade da minha letra. Mas levei algum tempo a convencer a família de que a minha pretensão fazia sentido. E, a bem dizer, não fazia. Não era equipamento corrente nas nossas relações pessoais e não constava de nenhuma lista de material escolar. Como justificar tal despesa?
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João B. Serra
Professor jubilado do Politécnico de Leiria
Exclusivo7 de Agosto de 2022
Que se passa? Salvos pelas máquinas (II)
Vendi a espingarda e comprei a máquina de escrever. Foi uma das grandes decisões da minha vida. Talvez a tenha mudado.