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Sociedade

Obras de deslocação da aberta da Foz do Arelho já começaram

Sessenta e seis mil metros cúbicos de areia começaram ontem, terça-feira, 30 de Março, a ser retirados da Lagoa de Óbidos, para reposicionar a aberta da Foz do Arelho.

Sessenta e seis mil metros cúbicos de areia começaram ontem, terça-feira, 30 de Março, a ser retirados da Lagoa de Óbidos, dando início à intervenção para reposicionar a aberta da Foz do Arelho, anunciou o Ministério do Ambiente.

A obra, orçada em mais de 319 mil euros, “destina-se a deslocar a aberta da lagoa da sua posição atual encostada à margem norte, para a zona central da lagoa, mediante escavação do cordão dunar e execução de aterro de fecho da existente” informa o Ministério do Ambiente, citado pela agência Lusa.

Os trabalhos estão a ser realizados através do INAG (Instituto da Água) com o apoio técnico do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), prevendo-se “um volume de escavação de 66.000m3 e um volume de aterro de 100.000 m3”.

A obra de reposição da aberta (canal que liga a lagoa ao mar) surge no seguimento do compromisso assumido na Comissão de Acompanhamento da Lagoa de Óbidos visando minimizar “os riscos na margem norte” e criar “condições para uma prática balnear mais segura” explica o Ministério em comunicado.

A intervenção está a ser acompanhada com expetativa pelo presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, Fernando Horta.

“Já pedi informação, mas ainda não conheço os pormenores da intervenção que espero que cumpra a promessa da ministra e que assegure as condições para uma época balnear mais segura”, disse à Lusa o autarca.

A fixação da aberta no centro do cordão dunar surge no seguimento dos trabalhos de consolidação do emissário submarino (que transporta esgotos para o mar) que o avanço do mar colocou em risco de rutura, obrigando a uma intervenção de emergência.

A construção de dois esporões em pedra e a colocação de sacos de areia para diminuir a força das correntes foi considerada pelos autarcas das Caldas da Rainha e Foz do Arelho “insuficiente” para a salvaguarda da época balnear na praia onde o areal ficou reduzido a poucos metros.

A Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dulce Álvaro Pássaro, confirmou no final de fevereiro “a urgência das intervenções programadas e necessárias para consolidar a Lagoa de Óbidos”, possibilitando assim o acesso aos fundos comunitários do QREN (Quadro Nacional de Referência Estratégica).

O Ministério do Ambiente assegura que a obra estará concluída “aquando da abertura da época balnear” e que antes do final ano arrancará uma “intervenção mais estruturante que vai assegurar a consolidação de todos as acções executadas”.

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