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Sociedade

PS/Óbidos retira confiança política a vereadora

O PS de Óbidos retirou a confiança política à vereadora Maria Goreti Ferreira, eleita nas últimas autárquicas como independente, acusando-a de votar ao lado do PSD e contra as propostas do partido que a elegeu.

O PS de Óbidos retirou a confiança política à vereadora Maria Goreti Ferreira, eleita nas últimas autárquicas como independente, acusando-a de votar ao lado do PSD e contra as propostas do partido que a elegeu.

Maria Goreti Ferreira

Maria Goreti “mostrou continuadamente uma proximidade maior com o PSD (…) do que com o PS e o seu colega, vereador José Machado”, alega a concelhia socialista num comunicado em que justifica a retirada de confiança à autarca.

Além de algumas “más propostas do PSD” aprovadas pela vereadora nas sessões do executivo municipal, o PS justifica a decisão com a mudança de posição de Maria Goreti em relação ao Plano e Orçamento para 2011.

De acordo com o presidente da concelhia, Carlos Timóteo, em reunião de secretariado, no dia anterior à votação do orçamento, Maria Goreti ”concordou com as propostas a apresentar pelo PS”. Porém, no dia seguinte, afirmou ter “mudado de ideias”, votando favoravelmente a proposta do PSD.

Um comportamento “lamentável”, “irresponsável” e que “confunde a legítima liberdade de opinião com o desrespeito dos compromissos” considera o PS que retira a confiança a Maria Goreti alegando que “no PS de Óbidos não há espaço para oportunismos políticos”.

A vereadora afirmou hoje à Lusa que irá manter-se no executivo “como independente” e refutou as críticas sustentando não estar “ao lado do PSD” nem disposta a fazer “fretes políticos” ao PS ou a qualquer outro partido.

“Votei a favor um orçamento que, após análise, se me apresentou como fiável e viável para o concelho” explica.

O orçamento, aprovado pelo executivo municipal com uma abstenção de José Machado, é hoje à noite votado na Assembleia Municipal.

O orçamento de 31 milhões de euros representa uma redução de 22 por cento em relação a 2010 e que será de 23 por cento no contrato programa com a empresa Óbidos Patrimonium (responsável pela organização de eventos) e a retirada de qualquer apoio financeiro da autarquia a Óbidos Requalifica, empresa gestora do Parque Tecnológico de Óbidos.

A redução de meio milhão de euros na despesa com recursos humanos e de um milhão de euros na despesa corrente marcam o documento que estabelece uma “previsão defensiva” das receitas que poderão advir de empreendimentos turísticos e que” funcionarão como uma almofada perante a crise”, refere a autarquia em comunicado.

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