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Sociedade

Mulher indiciada como autora do incêndio com três vitimas mortais saiu em liberdade

O juiz de instrução criminal decretou hoje termo de identidade e residência para a mulher indiciada como autora material do incêndio que vitimou mortalmente três pessoas em Caldas da Rainha.

O juiz de instrução criminal decretou hoje termo de identidade e residência para a mulher indiciada como autora material do incêndio que na madrugada de segunda-feira vitimou mortalmente três pessoas em Caldas da Rainha, informou a sua defensora.

A mulher, detida na segunda-feira pelo Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Leiria foi ouvida esta tarde no Tribunal Judicial das Caldas da Rainha no âmbito do inquérito instaurado pelo Ministério Público.

Na sequência da investigação da PJ, a moradora do espaço onde deflagou o incêndio, num prédio no centro histórico da cidade, foi presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção, por se considerar que a mesma “terá acendido uma vela de iluminação, após o que adormeceu, provocando desta forma o incêndio”, informou a judiciária em comunicado.

No final da audição, Diana Kabanchuk disse aos jornalistas que “o incêndio começou com uma vela que se tombou em cima do sofá” e que se propagou muito rapidamente “porque havia muito plástico e esponja”.

A mulher, que sofreu queimaduras no cabelo, rosto, mãos e algumas partes do corpo, sublinhou aos jornalistas ter tentado “logo deitar água” para apagar as chamas e ter de imediato alertado os vizinhos.

O incêndio causou três vítimas mortais, cinco feridos que receberam tratamento hospitalar e ferimentos ligeiros em duas pessoas que foram assistidas no local.

Os corpos das três vítimas mortais encontram-se no Instituto Legal de Torres Vedras onde hoje estava prevista a realização de duas autopsias.

“Por falta de tempo, um dos cadáveres só será autopsiado amanhã” disse à Lusa Vitor Maia, responsável pela agência funerária encarregue de pelos menos um dos funerais.

O “funeral do pai será no Olho Marinho [concelho de Óbidos], onde residem familiares da vítima” acrescentou o responsável.

A decisão em relação ao outros dois cadáveres só será tomada na quarta-feira, após “a chegada dos pais da mulher que irão decidir se ficarão todos no mesmo cemitério ou se pretendem realizar o funeral da filha e do neto, no norte do país, de onde são naturais”, conclui Vitor Maia.

Entretanto, os dois feridos internados nos hospitais das Caldas da Rainha e Santa Maria (Lisboa) já receberam alta, informou o diretor clínico do Centro Hospitalar Oeste Norte.

“A senhora que se lesionou num pé teve alta com tratamento conservador [imobilização] e sem necessidade de cirurgia”, disse à Lusa Nuno Santa Clara, director clínico do Centro Hospitalar Oeste Norte, que integra o Hospital das Caldas da Rainha, onde os feridos foram assistidos.

Outro dos feridos, vítima de queimaduras numa mão, foi na segunda-feira transferido para Santa Maria e, segundo Santa Clara, “voltou ainda ontem [segunda] e já teve alta”.

Nuno Santa Clara disse à Lusa que “entretanto foi também trazida pela Polícia Judiciária a senhora que alegadamente terá pegado o fogo” e à qual foram ministrados tratamentos “a lesões superficiais”.


Secção de comentários

  • Nelson cravo disse:

    O mal apenas deve ser prevenido. Depois das coisas acontecerem, e neste caso esteve presente a negligencia, Não será com medidas de prisão efectiva que iria solucionar alguma coisa.

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