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Sociedade

Moradora desespera por limpeza de terreno em Marrazes

A habitante luta há vários anos pela limpeza de um terreno e as autoridades já notificaram os proprietários, mas nada foi feito nada até ao momento

Silvina Henriques não vê o dia em que possa abrir as janelas e a porta de sua casa e deixar a sua filha de 6 anos ir para a rua brincar livremente.

A habitante de Marrazes luta há vários anos pela limpeza de um terreno em frente à sua casa e há quase um ano que as autoridades notificaram os proprietários, não tendo sido feito nada até ao momento.

Em causa está um terreno com ruínas de uma habitação, situado em frente à sua casa, e que se encontra por limpar há vários meses. No  local existem vários objetos, lixo e dejetos, que têm atraído répteis e roedores (ratazanas).

“É uma situação insustentável”, diz a moradora, que já apresentou queixa em várias entidades locais. Silvina Henriques mora naquele local há 15 anos. Primeiro, num anexo da moradia e, nos últimos dois anos, após restaurar a habitação, mudou-se para a casa. Contudo, diz nunca ter podido
abrir as janelas, com medo que os animais entrem. “Já procurei de diversas formas que os herdeiros do terreno limpassem isto, mas não fazem nada. A resposta [das entidades] que recebi é que o terreno tem de ser limpo de raiz e tirar daqui todo o lixo, mas a única coisa que fazem é deitar uns produtos tóxicos para tentar matar as ratazanas”, explicou ao REGIÃO DE LEIRIA, em janeiro passado.

Em maio de 2011, Isabel Afonso, presidente da Junta de Freguesia de Marrazes, enviou cartas à Autoridade de Saúde e à Câmara de Leiria a expor a  situação e notificou os proprietários para a limpeza do terreno. Em dezembro voltou a fazer nova comunicação, mas nada se alterou.

O REGIÃO DE LEIRIA contactou um dos proprietários do terreno, Sérgio Silva, que também é técnico superior da Câmara de Leiria e se candidatou ao órgão nas eleições autárquicas de 1997. Não quis fazer comentários sobre o assunto e justificou que “se trata de uma casa em ruínas”, não  dando importância à denúncia da queixosa.

Em janeiro, a Câmara de Leiria indicou desconhecer o caso, contudo, depois de contactada pelo nosso jornal envidou esforços para resolver a situação. Informou, na última semana, que “os proprietários foram notificados para a remoção do entulho existente na propriedade, em 1 de março de 2012. O cabeça de casal da herança respondeu no dia 28 de março, estando o assunto em análise”, justificando com “a dificuldade em identificar o cabeça de casal da herança, para a referida notificação, só tendo sido possível com o auxílio do Serviço de Finanças”.

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