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Pensamentos avulsos: Elogio à bicicleta

É com grande agrado que vejo aumentar no distrito, ano após ano (pelo menos nas zonas que frequento regularmente), a oferta de infraestruturas para quem quer usar uma bicicleta nos seus tempos de lazer.

Cláudio Tereso, técnico de informática claudio@claudiotereso.com

É com grande agrado que vejo aumentar no distrito, ano após ano (pelo menos nas zonas que frequento regularmente), a oferta de infraestruturas para quem quer usar uma bicicleta nos seus tempos de lazer.

São já muitas dezenas de quilómetros que podem ser feitos em pistas próprias em total segurança e também muitos os trilhos fora de estrada marcados para os ciclistas todo-o-terreno fazerem o gosto ao pedal.

E o mais importante também não falta, pessoas dispostas a usar toda esta oferta. Dá gosto ver que são cada vez mais as que usam a bicicleta nos seus momentos de lazer, mas curiosamente é mesmo só nesses momentos.

Este hábito de andar de bicicleta teima em não passar para o quotidiano, o que me surpreende e parece-me que muitas das desculpas usadas não fazem sentido. Quem conhece a Europa, especialmente de França para “cima”, já pôde constatar que mesmo quando faz frio ou chove, mesmo quando há inclinações, mesmo quando não há pistas, é normal ver pessoas a usar a bicicleta no dia-a-dia. Pelos nossos lados, nem os estudantes universitários as usam.

É certo que há outros motivos, e alguns eventualmente mais válidos, mas não é possível que todas as pessoas os tenham todos os dias. O nosso clima é ameno e o terreno de desníveis suaves, não acham que vai sendo tempo de deixar de precisar do automóvel como se do ar que respiramos se tratasse?

(texto publicado na edição em papel de 5 de abril de 2012)