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Sociedade

Caso “complicado” de tuberculose obriga a rastreio de mais de meia centena de alunos da ESTG

Os alunos do curso de Solicitadoria da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria estão a ser contactados para se submeterem a um rastreio, consequência de ter sido detetado um caso de tuberculose “grave” numa aluna do curso que atualmente se encontra internada numa unidade hospitalar em Lisboa, onde está a ser tratada.

Os alunos do curso de Solicitadoria da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria (ESTG) estão a ser contactados para se submeterem a um rastreio, consequência de ter sido detetado um caso de tuberculose grave numa aluna do curso que atualmente se encontra internada numa unidade hospitalar em Lisboa, onde está a ser tratada.

Embora a entrar no período de férias, aos alunos está a ser solicitado que se submetam a um rastreio que vai decorrer dias 18 e 19 deste mês no campus da ESTG, escola do Instituto Politécnico de Leiria. Estima-se que o rastreio abranja mais de meia centena de alunos.

Ana Silva, adjunta da autoridade de saúde e responsável do programa de doenças transmissíveis do Agrupamentos de centros de saúde (ACeS) do Pinhal Litoral, confirma ao REGIÃO DE LEIRIA que este não é um caso normal. “Não é uma situação normal, que não decorre de se tratar de um caso de tuberculose, mas por de se tratar de uma aluna difícil que não colaborou com os serviços de saúde no sentido da identificação dos colegas com quem teve contacto mais próximo”, explica.

Perante esta circunstância, as autoridades de saúde decidiram avançar com o rastreio a todos os alunos do curso de Solicitadoria e respetivo corpo docente, visando despistar qualquer risco para a saúde pública. “Há alunos que pretendem ir de férias, mas devem fazer o rastreio para que corra tudo bem”, acrescenta aquela responsável.

Ana Silva reconhece que este é um caso de tuberculose “complicado e raro”. A especificidade do caso resulta do facto de se tratar de um “bacilo que é resistente aos antimicrobianos que se usam habitualmente para o tratamento da tuberculose”, explica. Uma situação que obriga a tratamento hospitalar. Contudo, especifica, os casos mais frequentes de tuberculose não obrigam a internamento hospitalar.

Não obstante a falta de colaboração da aluna que está hospitalizada, as autoridades de saúde já conseguiram identificar alguns colegas mais próximos, tendo já rastreado mais de uma dezena. “Até ao momento não encontrámos nada”, revela Ana Silva, referindo-se ao facto de não ter sido detetado nenhum outro caso de tuberculose até ao momento, entre os alunos daquele curso.

Entretanto, o Instituto Politécnico de Leiria adianta que o processo em “causa encontra-se a decorrer e está a ser conduzido pela Autoridade de Saúde Pública, que nos tem vindo a contactar no sentido de darmos seguimento às indicações consideradas as mais adequadas”. O instituto refere ainda que “foram tomadas e serão tomadas pelo Politécnico de Leiria todas as medidas necessárias e adequadas que nos forem indicadas pela Autoridade de Saúde Pública”. (Notícia atualizada às 12h33 de dia 13 de julho, com informação prestada pelo Instituto Politécnico de Leiria)

Carlos S. Almeida

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