A poesia vai chegar à praia, à rua e um pouco a todo o lado em S. Pedro Moel, no concelho da Marinha Grande, entre os dias 24 e 26 de agosto, na quarta edição do Festival Afonso Lopes Vieira.
Durante os três dias há concertos, ateliês, roteiros fotográficos e voltas a cavalo, mas sobretudo muita poesia que chega aos turistas em forma de visitas encenadas, contos infantis, passeio pedestre musical e até um set de djing com o “próprio” Afonso Lopes Vieira a fazer ‘spoken word’, explica Miguel Linares, da Check In Management, que coorganiza o festival com a associação Protur.
“Vamos ter com as pessoas onde elas estão: na praia, na esplanada, num largo, num restaurante e montamos a ação, mostramos-lhes a poesia de Afonso Lopes Vieira que é hoje pouco conhecido, mesmo entre as pessoas da cultura”, afirmou.
Miguel Linares, que também é ator e vai interpretar Afonso Lopes Vieira declamando poesia juntamente com outra atriz, que representará Amélia Rey Colaço, explica que ambos vão andar “por São Pedro de Moel, em locais não previamente marcados, procurando público”.
A intenção é aproximar especialmente os jovens da poesia, através de um programa criativo e diversificado, envolvendo outras artes, como a música e o teatro.
“A poesia, dentro das artes, é considerada pouco ‘seca’ pelos jovens. Por isso queremos que o que vai acontecer esteja ligado, de uma certa forma, ao que os jovens mais gostam”, acrescentou.
Além das visitas encenadas à Casa-Museu Afonso Lopes Vieira, que pertenceu ao poeta e que é um dos edifícios mais emblemáticos da praia, ali perto, num hotel, o ator será Afonso Lopes Vieira, dizendo poesia acompanhado por um dj, Chadubritt.
“Queremos levar o conhecimento às pessoas de forma mais criativa”, sublinha Miguel Linares, que considera “importante conhecer melhor quem foi Afonso Lopes Vieira”.
Ao contrário de outros nomes das artes, “ele [Afonso Lopes Vieira], enquanto era vivo, era muito reconhecido. Mas, depois de morrer, entrou um pouco em esquecimento e este festival, que acontece na vila que era o seu refúgio, pretende revelar uma série de coisas muito interessantes sobre a vida a obra de Afonso Lopes Vieira”.
A par da programação inspirada na poética de Lopes Vieira, o festival conta com concertos de Lavoisier, Luís Severo e Churky.
No encerramento, domingo, dia 26 de agosto, Lídia Franco e Carolina Santarino estreiam a leitura encenada “Óscar e a senhora cor-de-rosa”.