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Operação da PSP para deter responsáveis pelo roubo de armas chega à região

Primeiro Tancos e agora as Glock furtadas em 2017 à PSP. A Divisão de Investigação Criminal da PSP está a desenvolver uma operação a nível nacional, com buscas domiciliárias e não domiciliárias. Alvaiázere é um dos concelhos abrangidos.

Farda da esquadra de investigação criminal da PSP

As operações policiais relacionadas com o roubo das armas de Tancos e das 57 pistolas Glock da Direção Nacional da PSP, no ano passado, voltam a estender-se até à região.

Hoje, quarta-feira, a PSP deteve nove pessoas, dois deles agentes da autoridade, segundo a Procuradoria Geral da República (PGR).

De acordo com uma nota da PGR, no decurso das diligências foram efetuadas nove detenções, sete das quais relacionadas com o inquérito em causa (3 em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público e 4 em flagrante delito).

Duas pessoas foram detidas por posse de objetos proibidos, não estando as detenções relacionadas com o inquérito sobre o furto das 57 armas Glock retiradas da direção nacional da PSP, em 2017.

A operação, com o nome “Ferrocianeto” – um dos nomes químicos do chamado Azul da Prússia, pigmento semelhante à cor oficial da PSP – decorre ainda no concelho de Alvaiázere mas também em Vila Nova de Gaia, Gondomar, Mafra, Abrantes, Sintra, Cascais, Oeiras, Lisboa, Almada e Albufeira, em 15 buscas domiciliárias e quatro buscas não domiciliárias, no âmbito do inquérito que investiga o furto de pistolas da Direção Nacional, ocorrido em janeiro de 2017.

Ainda segundo a PGR, no decurso das operações, foram apreendidas diversas armas, munições, material informático e equipamento de telecomunicações.

Em janeiro de 2017 foi detetado o desaparecimento, do armeiro da sede da Polícia de Segurança Pública (PSP), de 57 armas Glock após a apreensão de uma arma de fogo da polícia durante uma operação policial que decorreu no Porto.

Outras três armas foram detetadas, posteriormente, pelas autoridades espanholas em Ceuta.

Na altura foram suspensos os dois agentes responsáveis pela listagem das armas, aberto um inquérito e uma comunicação ao Ministério Público para efeitos de investigação criminal.

A 17 de outubro deste ano, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse no parlamento que haviam sido recuperadas oito das 57 armas Glock desaparecidas “em operações distintas, sem nenhuma característica comum entre as mesmas, oito das 57 armas”.

Este caso está relacionado com o roubo das armas de Tancos, em que um dos principais arguidos, ex-militar e residente em Ansião, terá mantido contactos com alguns dos suspeitos do roubo das Glock. As investigações que detiveram esta semana mais oito indivíduos no caso de Tancos e hoje mais três pessoas relacionadas com o furto das armas da PSP dão conta da ligação entre os suspeitos.

(Atualização: 14h50 de 19 de dezembro de 2018, com indicação do número de detidos e nota da Procuradoria Geral da República)

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