Câmara de Leiria compra casa do “senhor Serra” para instalar centro de saúde de Amor
O futuro centro de saúde de Amor deverá ser construído a escassos metros do edifício da Junta de Freguesia. Mais precisamente no “quintal” da casa do “senhor Serra”, que a Câmara de Leiria adquiriu por 170 mil euros.
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Executivo da Junta quer preservar casa de habitação por fazer parte da memória local Foto: Joaquim Dâmaso
O futuro centro de saúde de Amor deverá ser construído a escassos metros do edifício da Junta de Freguesia onde funciona atualmente. Este é o propósito do executivo da Junta e do Município que firmaram a compra da casa do “senhor Serra”, situada no largo da Igreja, por 170 mil euros.
A negociação foi fechada há cerca de um mês, adianta ao REGIÃO DE LEIRIA Américo Bom, presidente da Junta, ao mesmo tempo que garante a intenção de preservar a arquitetura da casa de habitação, onde viveu o enfermeiro e ex-presidente da Junta José Ferreira Serra.
Segundo o autarca, o terreno agora adquirido pela autarquia possui cerca de 1.500 metros quadrados, área suficiente para acolher um centro de saúde de raiz que garanta melhores condições para a prestação de cuidados de saúde à população. O projeto ainda não está definido mas deverá passar pela demolição de anexos.
“Este é o melhor local para o centro de saúde”, defende Américo Bom, considerando que a construção de um novo edifício irá também permitir embelezar o arraial.
Novo espaço para biblioteca ou museu
A casa deverá ser, por sua vez, reabilitada e adaptada para acolher a biblioteca da freguesia ou um núcleo museológico, por exemplo, mantendo-se como espaço aberto à comunidade.
Quanto às atuais instalações do Centro de Saúde poderão ser aproveitadas para ampliar a zona reservada aos serviços da Junta de Freguesia, Espaço do Cidadão e CTT, que se debatem com “muita falta de espaço”. “
Aquilo é um cubículo, não tem condições e nós queremos criar melhores condições de trabalho e de atendimento ao público”, descreve Américo Bom, escusando-se a avançar quaisquer prazos. “Isto vai levar o seu tempo”, acrescenta, manifestando-se satisfeito com a solução encontrada, que acredita ser para “usufruto da freguesia” além de evitar que a casa, que considera fazer parte da história local, caísse nas mãos de privados e pudesse vir a ser demolida.
O assunto mereceu contudo alguma celeuma na reunião de Câmara de 12 de novembro, tendo Ana Silveira, do PSD, contestado o processo de avaliação do imóvel. Segundo a vereadora, a primeira avaliação feita por um perito, solicitada pela autarquia, cifrou-se em 164 mil euros, diferindo em 6 mil euros do valor pago pelo Município.
O presidente da Câmara explicou que o valor final resultou de um processo negocial com os proprietários que “pediram muito mais”. Segundo Gonçalo Lopes, o valor acordado “é extremamente bom” tendo em conta “o património extremamente valioso” que o edifício representa para a freguesia.
Ana Silveira questionou contudo o facto de a Câmara justificar a aquisição com um segundo relatório “com base na perspetiva futura de utilização daquele imóvel”. “Não conseguimos compreender como é que um auto de avaliação é feito tendo em conta utilizações futuras”, referiu.
(Notícia publicada na edição impressa de 14 de novembro e editada)MR
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