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Sociedade

Assassino do Maringá já confessou como matou a companheira

O homem terá contado pelo menos três vezes a forma como cometeu o crime, nomeadamente ao patrão e aos elementos da GNR que o intercetaram durante a fuga

O homem suspeito de ter matado a companheira a golpes de x-ato em Leiria, que se encontra em prisão preventiva desde este sábado, 28, terá contado pelo menos três vezes a forma como cometeu o crime, nomeadamente ao patrão e aos elementos da GNR que o intercetaram durante a fuga.

O arguido, de 35 anos, de nacionalidade brasileira, pôs-se em fuga de carro após o crime, na noite de sexta-feira, e durante a viagem terá contado, por telefone, ao patrão as circunstâncias em que aconteceu a tragédia, que culminou com a morte da mulher, também natural do Brasil, de 34 anos. Quando saiu de casa comunicou às autoridades o crime que tinha acabado de cometer.

No final da fuga, que durou cerca de meia hora, o homem foi abordado por militares da GNR de Leiria, após ter-se despistado, aos quais também terá descrito as circunstâncias em que assassinou a mulher, num apartamento numa das torres do Centro Comercial Maringá, na presença dos dois filhos da vítima, de dois e seis anos de idade.

Este sábado, um juiz de instrução do Tribunal Judicial de Leiria decretou prisão preventiva ao homem, que fica assim a aguardar o desenrolar do processo relativo ao crime, que aconteceu num contexto de violência doméstica.

“O casal estaria a passar por uma fase má, registando-se algumas desavenças”, revelou uma fonte policial, citada pela agência Lusa, acrescentando que a PSP tinha sido alertada para discussões, “mas nada previa este desfecho”.

Segundo apurou o REGIÃO DE LEIRIA, o homem motivado por ciúmes, procurava controlar e condicionar as relações da vítima com outras pessoas. E, neste contexto, terá criado um perfil falso na rede social Facebook, através do qual contactou a companheira, empregada num café situado nas proximidades, tendo ficado desagradado com as reações dela. A vítima, após alegadas agressões anteriores, demonstrou a vontade de se separar do companheiro, o que este não aceitou.

O arguido, trabalhador numa empresa de materiais de construção civil, não tinha antecedentes criminais e foi abordado ao quilómetro 144,5 do IC2, na zona de Travasso, Pombal, sem apresentar ferimentos, e não ofereceu resistência aos militares da GNR.

As duas crianças, fruto de relações anteriores da vítima, estão sob a responsabilidade da Comissão da Proteção de Crianças e Jovens.

O crime ocorreu pelas 21 horas, no interior de um apartamento do 2º andar dos blocos habitacionais do Centro Comercial Maringá e a morte foi confirmada pela equipa médica do INEM no local, após as manobras de reanimação da vítima terem resultado infrutíferas.

A captura foi consumada por militares da GNR, que transportaram o suspeito para o comando territorial de Leiria, onde a detenção viria a ser confirmada por inspetores da Polícia Judiciária de Leiria, a autoridade com competência exclusiva para investigar este tipo de crimes.

No local do homicídio, na avenida cidade de Maringá, estiveram os Bombeiros Municipais de Leiria, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e a unidade de psicólogos do INEM, num total de nove elementos e quatro viaturas, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria.

Ao local deslocaram-se ainda PSP e a Polícia Judiciária, que investiga as circunstâncias concretas em que aconteceu a tragédia.

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