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Sociedade

Ministro das Infraestruturas assegura não haver risco de perda de fundos para Linha do Oeste

O ministro afirmou ser intenção do Governo lançar o concurso para a modernização da Linha do Oeste “o quanto antes”.

Foto de Arquivo

O ministro das Infraestruturas reconheceu “razão” para a insatisfação dos autarcas do Oeste pelo atraso no concurso para a modernização da linha ferroviária do Oeste, assegurando que não há risco de perda de fundos comunitários.

Pedro Nuno Santos, que esta quarta-feira viajou numa unidade recuperada nas oficinas da CP no Entroncamento (Santarém) que se destina a reforçar os comboios na Linha Urbana de Sintra, afirmou que tem existido “um esforço de investimento na IP [Infraestruturas de Portugal] muito grande”, estando em curso a contratação de técnicos e engenheiros para a recuperação dos atrasos no plano Ferrovia 2020.

O ministro afirmou ser intenção do Governo lançar o concurso para a modernização da Linha do Oeste “o quanto antes”, sem, contudo, se comprometer com uma data concreta, salientando que o Ferrovia 2020 pode ser executado até ao final de 2023, com tempo para a concretização daquele projeto (com um prazo previsto de execução de 24 meses).

“Temos dificuldades, falha de pessoal, que está a ser reposta e que ao longo dos anos tem contribuído para os atrasos. [Vamos] lançar o quanto antes, não vamos perder os fundos comunitários e obra vai ser feita”, declarou.

O projeto de modernização da Linha do Oeste foi desenvolvido pela IP no âmbito do programa Ferrovia 2020 para ser executado, de forma faseada, em duas empreitadas.

A primeira, cujo concurso público foi publicado em julho de 2019, corresponde à eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, num investimento estimado de 68,5 milhões de euros.

Aquando do lançamento do concurso, o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, anunciou, nas Caldas da Rainha, que até final de novembro seria lançado o segundo concurso, contemplando a intervenção no troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, com um valor estimado de 30,4 milhões de euros.

O atraso tem sido criticado por autarcas e pela Comissão para a Defesa da Linha do Oeste.

A modernização da Linha do Oeste, no valor total de 107 milhões de euros, prevê a eletrificação de 88 quilómetros de linha entre Meleças (Sintra) e Caldas da Rainha, a instalação de sistemas modernos de sinalização e telecomunicações, e a duplicação de um troço de 10 quilómetros entre Meleças e Pedra Furada (concelho de Sintra) e outro de seis quilómetros entre Malveira e Sapataria (entre os concelhos de Mafra e Sobral de Monte Agraço).

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