Dezoito concertos em três dias marcam o regresso do festival Extramuralhas a Leiria, de 25 a 27 de agosto, para uma edição com programação reforçada que está a gerar “reações entusiásticas”, revelou a organização.
Após um interregno de dois anos, o festival gótico organizado pela Fade In está de volta “à normalidade possível”, explicou à agência Lusa o presidente da associação, Carlos Matos.
Esta 11.ª edição “significa o regresso à normalidade possível num mundo cujo conceito de normalidade é hoje tão volátil quanto um automóvel sem travões a descer a colina do Castelo de Leiria”.
Este ano, o festival reparte-se pelo Castelo de Leiria, Teatro José Lúcio da Silva, Jardim Luís de Camões e discoteca Stereogun. Por esses quatro palcos vão passar 18 bandas internacionais, “as que mais se desejava ver ao vivo este ano”, assumiu Carlos Matos.
O regresso do Extramuralhas era aguardado pelos fãs do festival que começou no Castelo de Leiria, estendendo-se, nos últimos anos, a outros espaços de Leiria.
“As reações estão a ser entusiásticas e há ótimas expectativas [para o regresso]. Esperamos uma boa mobilização, não só porque há uma saudade comunitária de voltar a viver este festival de características estéticas tão únicas, mas sobretudo porque o cartaz tem uma qualidade musical inquestionável”, afirmou.
Entre o alinhamento, destaque para a presença em Leiria dos norte-americanos Circuit des Yeux, banda liderada por Haley Fohr.
“O mais recente disco foi considerado, um pouco por todo o mundo, como um dos melhores de 2021. Ter no nosso cartaz uma banda como os Circuit des Yeux é incrível”, destacou o organizador.
Pelo festival passam também os helvético-americanos Zeal & Ardor, “manifestamente uma das bandas mais originais atualmente”, a norte-americana Zola Jesus, “que vai dar a honra de se assistir à apresentação do seu novíssimo álbum ‘Akhron’” no Teatro José Lúcio da Silva, sala onde vão igualmente atuar “os não menos imperdíveis belgas Whispering Sons”.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>“Por outro lado, também nos enche de orgulho podermos proporcionar a estreia ao vivo em Portugal dos belgas Vomito Negro”, banda de música industrial e EBM (Electronic Body Music) com mais de 30 anos de carreira, que se vai apresentar no palco da Stereogun.
A discoteca que acolhe as três ‘after-parties’ receberá também, frisou Carlos Matos, “as magníficas islandesas Kælan Mikla e os franceses Je T’aime, que trazem na bagagem o extraordinário álbum ‘Passive’”.
Para esta edição, o festival preparou algumas novidades, a começar pelo acesso gratuito a 11 dos 18 concertos. Por outro lado, no primeiro dia, 25 de agosto, serão utilizados os quatro palcos disponíveis, algo que não aconteceu nas edições anteriores. Outra alteração é o agendamento de espetáculos à tarde, nos dias 26 e 27 de agosto, no Jardim Luís de Camões.
A estreia deste Extramuralhas terá lugar “no local que deu o epíteto de ‘festival gótico’ a este evento”, a Igreja da Pena, em pleno Castelo de Leiria. A abertura do festival será no “coração” do monumento, com Sieben, projeto do compositor, cantor e violinista britânico Matt Howden.
Nesse mesmo dia 25 de agosto há espetáculos de Zeal & Ardor (Suíça/Estados Unidos da América) no Teatro José Lúcio da Silva, Velvet Kills (Estados Unidos da América/Portugal) e MNNQNS (França) no Jardim Luís de Camões, e dos Vomito Negro (Bélgica) na Stereogun.
No dia 26 de agosto apresentam-se Ultra Sunn (Bélgica), Vlure (Escócia), A Projection (Suécia) e Rein (Suécia) no Jardim Luís de Camões, Zola Jesus (Estados Unidos da América) no Teatro José Lúcio da Silva, e Kælan Mikla (Islândia) na Stereogun.
A fechar o Extramuralhas, no dia 27 de agosto, atuam Aus Tears (Finlândia), She Pleasures Herself (Portugal, Potochkine (França) e HMLTD (Inglaterra) no Jardim Luís de Camões, Circuit des Yeux (Estados Unidos da América) e Whispering Sons (Bélgica) no Teatro José Lúcio da Silva, e Je T’Aime (França) na Stereogun.
Antes da programação central do festival, há festa de lançamento no dia 23 de julho, com concerto dos Conferência Inferno e ‘dj set’ de Helen Cat na discoteca Stereogun.