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Peniche

Exposição revela fotografias de algas tiradas com técnica inventada em 1842

Exposição patente na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche, dá a conhecer as propriedades das algas e as características do mar.

fotografia de uma alga
Fotografia de alga tirada com a técnica da cianotipia Politécnico de Leiria

“Azul MARE – Arte e Ciência” é o nome da mais recente exposição do Politécnico de Leiria que pretende dar a conhecer as algas e as suas propriedades. Mas também revelar as condições de produção das primeiras imagens fotográficas tiradas nos laboratórios do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria, com recurso à técnica de cianotipia (processo de impressão fotográfica em tons de azul inventado em 1842).

As fotografias são da autoria de Emanuel Brás, docente e investigador da ESAD.CR (Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha) e as cianotipias de estudantes da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em colaboração com o Instituto Português da Juventude de Leiria.

A exposição conta ainda com um “algário” criado a partir de algas recolhidas pelo investigador do MARE e docente da ESTM, Marco Lemos.

Segundo um dos curadores da exposição, Samuel Rama, citado em comunicado, é possível verificar nesta mostra, nos textos de Teresa Mouga – também curadora de “Azul MARE – Arte e Ciência” -, algumas propriedades das algas e microalgas, nomeadamente “antioxidantes, antimicrobianas, anti-helmínticas, antibacterianas, anti tumorais, anti-inflamatórias (…)”.

“Quer estejamos em terra ou no mar, qualquer alga requer a presença do elemento água, mesmo que seja por um período relativamente curto, como costuma acontecer com algumas espécies na terra. Mas é no mar com a sua água salgada com diferentes salinidades, temperaturas, correntes, profundidades e ecossistemas que ocorre a maior variedade de algas com diferentes escalas, formas e propriedades”, explica o docente da ESAD.CR.

Esta exposição retrata não só as algas, mas também o mar, com as suas múltiplas características, elementos e propriedades. “É urgente uma perspetiva cultural e artística sobre os mares, por forma a densificar o conhecimento e sabedoria coletivos, ativos fundamentais na refundação da comunidade humana unida pelo cuidado do planeta Terra”, defende Samuel Rama.

“Azul MARE – Arte e Ciência” está patente na Biblioteca e Sala Berlengas da ESTM, em Peniche, até dia 30 de novembro.

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