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Sociedade

Faleceu Jaime Costa, o primeiro DJ da discoteca Paradise

“É um nome de cartaz, público, uma das pessoas mais importantes na animação da nossa geração, é notícia porque partilhou o que mais gostava com os outros”, diz Vasco Noronha

O primeiro “disc jockey” (DJ) da discoteca Paradise, Jaime Costa, faleceu na manhã deste domingo, dia 13, deixando aos 62 anos uma marca indelével no mundo da música e da diversão noturna na região de Leiria.

Era atualmente consultor na Angariax – Mediação Imobiliária, mas a sua vida ficou marcada pela música e pela aposta que fez no rock e em trazer a Leiria grandes nomes da música nacional.

“Sempre tive um pouco essa mania de não ser ‘Maria vai com as outras’”, recordou Jaime Costa, numa reportagem publicada em 2018 no REGIÃO DE LEIRIA, sobre as discotecas das décadas de 80 e 90. Se as outras passavam mais funk e disco, ele, na Paradise, apostava no rock e procurava abranger outras décadas, como os anos 70.

Recentemente, estava envolvido com outros músicos no projeto Banda Gerador, que fez em outubro deste ano a sua primeira apresentação, 40 anos depois. Trata-se de uma banda musical nascida em finais de 1977/78 “na intenção de fazer valer na época, os nossos atributos e tendências musicais no mercado numa altura em que a diversão geral se baseava nos bailes de coletividades e outras instituições”.

“Jaime Costa é um nome de cartaz, público, uma das pessoas mais importantes na animação da nossa geração, é notícia porque partilhou o que mais gostava com os outros, uniu as pessoas que o ouviam, arrastava-as, e onde passava deixa marcas fantásticas, deixava muitos amigos que se tornavam fãs”, recorda Vasco Noronha, antigo DJ de Leiria.

“ Os meus DJ sets foram construídos à base de inspiração do Jaime. Passou músicas de forma irreverente, pois queria dar a conhecer e partilhar a melhor música, a música que apreciava profundamente. Falar do Jaime é recordar o rock progressivo de finais de 60 e década de 70, é conhecer as obras dos Genesis “The lamb lies down on broadway”, de king Crimson, Rush, Pink Floyd, Yes, entre tantas tantas outras”, adianta.

“Seguiu sempre as suas convicções, nunca se vendeu, genuíno, de coração puro. A música era o seu grande amor, arriscou, ousou sempre e conquistou. Nunca desistiu da música, quanto amor”, refere Vasco Noronha, que com Jaime Costa “partilhou” as discotecas Paradise, a Weekend e Princess.

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