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Figueiró dos Vinhos

Câmara de Figueiró dos Vinhos requalifica Casa da Cultura

Intervenção contempla obras no interior e exterior do edifício, bem como melhorias ao nível da eficiência energética.

CMFV

A Câmara de Figueiró dos Vinhos vai reabilitar o Clube Figueiroense – Casa da Cultura, num investimento de cerca de 209 mil euros.

Com um prazo de execução de 180 dias, os trabalhos têm um financiamento na ordem dos 127 mil euros do Programa Operacional Centro 2020.

Segundo informação da autarquia envida à agência Lusa, a intervenção prevê “a realização de obras de conservação exteriores e interiores do edificado (em mau estado de conservação) e adaptação para o cumprimento de normas de acessibilidade no seu interior, com melhoramentos a nível de eficiência energética, sistema de segurança e rede elétrica, não interferindo nos parâmetros urbanísticos existentes, nem de modificação da estrutura”.

“Estão projetadas algumas obras de beneficiação com a iluminação LED, a alteração de caixilharias exteriores para vidro duplo, a alteração e tratamento de carpintarias interiores, tratamento das fachadas, nomeadamente pintura do exterior, remoção de suportes publicitários existentes nas fachadas e eliminação de barreiras de acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada, com a criação de uma instalação sanitária acessível, plataforma elevatória de escada e uma rampa de acesso ao edifício”, adiantou a autarquia.

Os trabalhos contemplam também “a criação de um espaço para cães de assistência [cães-guia], devidamente sinalizado, rebaixamento de passeios no exterior e criação de um lugar de estacionamento para deficientes”, e vão ser “utilizados conteúdos em inglês, braille e linguagem aumentada e simplificada”.

“A Casa da Cultura pretende ser o centro criativo de produtos e intervenções artísticas que aumentem a atratividade turística e cultural da região”, com o município a acreditar que “será muito importante na dinamização do centro histórico da vila”.

A Sociedade Recreativa Figueiroense, denominada Clube Figueiroense, teve estatutos aprovados em 1887. A instituição destinava-se “à cultura e recreio dos seus sócios, pelo que, além de sala de teatro, possuía uma biblioteca, sala de bilhar e sala de jogo”, lê-se no sítio na Internet da Câmara.

O edifício, “construído pelo engenheiro alvaiazerense Francisco Magno Adrião Lagoa”, foi o primeiro da vila a ser iluminado a candeeiros de acetileno.

Ainda segundo esta fonte, “os dois escultores Simões de Almeida (tio e sobrinho) ofereceram obras suas para fazerem parte do seu recheio e o pintor José Malhoa ofereceu um ‘pano de boca’ para o palco pintado pelo cenógrafo Machado”.

De acordo com a autarquia, “desempenhou papel importante como veículo cultural, até meio do século XX, tendo-se celebrizado pelas suas sessões de cinema e de teatro”.

“O Clube Figueiroense ficou ainda célebre pelos bailes de Carnaval e em outras datas festivas tradicionais, muitas vezes em simultâneo com outras associações, como a Associação Comercial e a Associação Operária”, referiu a autarquia, explicando que “foi contemporâneo do ‘Cine-Teatro Pinhão’, já desaparecido”.

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