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Pombal Exclusivo

ETAP ganha centro tecnológico especializado com a melhor classificação do país

Projeto foi aprovado com pontuação de 100% entre 311 candidatos.

O novo centro tecnológico especializado é coerente com as áreas industriais que já existem na ETAP ETAP

A Escola Tecnológica e Artística de Pombal (ETAP) obteve a melhor classificação do país, no âmbito das candidaturas aos centros tecnológicos especializados. Entre 311 candidatos, o projeto da ETAP foi aprovado com uma pontuação de 100%. Demonstra, assim, que está preparada para “reequipar e robustecer” a sua infraestrutura tecnológica, através da “instalação ou modernização de espaços e equipamentos”, amplificando “a sua capacidade instalada com oferta de cursos profissionais”, segundo os objetivos da candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Satisfeito com esta classificação, Jorge Vieira da Silva explica que o Centro Tecnológico Especializado da ETAP se insere na área industrial, mais especificamente com cursos na área da manutenção industrial e metalomecânica, dando continuidade às áreas já lecionadas na escola.

Como exemplo, diz que a ETAP dispõe de cursos que “não existem na nossa CIMRL (Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria), como é o caso da eletromecânica, da transformação de polímeros, da programação e maquinação em CNC e da mecatrónica na área da robótica”. O centro vem reforçar “a estratégia da escola, em linha com o que tem sido a sua política”, frisa o diretor-geral da ETAP.

Com o apoio de 1,7 milhões de euros, o espaço que já existe no estabelecimento será “completamente remodelado”, “com equipamento altamente sofisticado”, que permite “uma formação com dois grandes objetivos”, lembra Jorge Vieira da Silva. “Um é colmatar as necessidades do tecido empresarial da região de técnicos atuais, outro é dar uma formação em áreas em que os próprios alunos possam chegar às empresas e serem eles próprios também fator de inovação”.

Segundo esclarece, “não se trata de ir buscar apenas fundos, mas de dar sequência a uma formação que existe e de robustecer uma área que é importante na região e para a escola”.

Questionado sobre a propensão da escola para a área industrial, o diretor-geral da ETAP confirma que, na região, “é o estabelecimento de ensino que mais vocação industrial tem”. Dá como exemplo o ano de 2014, em que, deliberadamente, foi a área eleita para a formação. A escola passou a trabalhar diretamente com os empresários da indústria e criou uma mini-fábrica de polímeros, moldes e equipamentos no interior da escola, em parceria com a empresa Iber-Oleff, do grupo Iberomoldes. Dos 40 acionistas desta que foi a primeira escola a ser criada no país, a maioria são empresários de várias áreas.

Jorge Vieira da Silva sublinha que o património que se consegue com estes fundos tem de obedecer a uma lógica. “O nosso projeto tem uma continuidade dentro do mesmo sector, apesar de ser muito transversal à economia, porque todas as empresas precisam de manutenção e, cada vez mais, precisam da parte da automação e da robótica.” Ou seja, há uma lógica das várias partes do projeto que se completam entre si.

Por outro lado, adianta, a candidatura apresenta “questões com grande inovação”, ou seja, “o projeto é para servir as empresas, mas também é para que as empresas possam beber exemplos de inovação. Pode ser um exemplo para puxar pelas empresas em áreas onde elas não estão bem amadurecidas e podem inovar e alterar os seus processos”.

Das mais de três centenas de candidaturas de escolas públicas e privadas, foram aprovadas 104 a nível nacional. Para a Região de Leiria, segundo a Comunidade Intermunicipal (CIMRL), existia um total de 11 vagas, tendo sido propostos quatro projetos. Sobram sete vagas para a segunda e terceiras fases que arrancam em março do próximo ano.

Em Pombal, foi também deferida a candidatura do Agrupamento de Escolas de Pombal, com uma pontuação de 84,26%, para a componente informática.

As escolas cujos projetos foram deferidos, “podem agora reforçar a atratividade das formações de nível secundário de dupla certificação em domínios de especialização”. São áreas que “requerem mão de obra muito qualificada e se inserem num processo de mutação tecnológica acelerada pelos desafios da transição climática e da transição digital”, lê-se no texto da candidatura ao PRR.

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