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Fátima

Reitor de Fátima pede oração pelas vítimas dos abusos e Quaresma purificadora

Que este tempo “seja efetivo tempo de conversão, isto é, de purificação e transformação, dentro da Igreja a que pertencemos”, disse o padre Carlos Cabecinhas

O Reitor do Santuário de Fátima apelou este domingo, dia 26, à oração pelas vítimas dos abusos dentro da Igreja e para que esta Quaresma seja um momento purificador da instituição.

O padre Carlos cabecinhas citou uma afirmação da mensagem quaresmal do bispo da Diocese de Leiria-Fátima para deixar um pedido aos milhares de peregrinos que participaram na Eucaristia dominical, na Basílica da Santíssima Trindade:

“Tenhamos, pois, esta intenção presente na nossa oração e rezemos pelas vítimas de abusos e também para que esta Quaresma seja efetivo tempo de conversão, isto é, de purificação e transformação, dentro da Igreja a que pertencemos”.

O bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. José Ornelas, havia afirmado na sua mensagem: “É neste ambiente de conversão quaresmal que assumimos também a revolta e a humilhação pelos abusos sexuais que se verificaram na Igreja em Portugal nos últimos decénios. Este é um tema que não pode fugir do caminho quaresmal”.

Os bispos de Portugal reúnem-se em assembleia plenária extraordinária na sexta-feira, dia 3 de março, para analisar e refletir sobre o relatório da Comissão Independente sobre os abusos sexuais praticados dentro da Igreja por alguns dos seus membros, desde 1950 até aos dias de hoje.

A partir da liturgia da palavra proclamada este primeiro domingo da Quaresma, que apresenta o Evangelho com o relato das tentações de Jesus, o responsável pelo Santuário de Fátima recordou que mais do que as tentações importa reter a forma como Jesus lhes resistiu, fazendo a vontade do Pai.

“Ele recusa-se a optar pelo caminho do mais fácil, a instrumentalizar Deus em seu proveito próprio. Para Jesus, o que é verdadeiramente importante é a vontade de Deus e é essa vontade a determinar as suas opções e escolhas”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas.

“As tentações que Jesus teve de enfrentar são fundamentalmente as mesmas tentações que nós, cristãos, experimentamos. No fundo de cada uma delas, o que está em causa é a nossa relação com Deus; é o lugar de Deus nas nossas vidas”, adiantou.

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