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Mercado

Congresso de moldes começa com ‘luz ao fundo do tunel’

Os resultados do ano passado indicam que a tendência de perda de exportações pode ter ficado para trás.

O 11º Congresso da Indústria de Moldes arranca hoje, dia 17, no Teatro Municipal de Oliveira de Azeméis, como quem observa uma ‘luz ao fundo do tunel’, depois de quatro anos de perda de exportações e de o ano passado indicar uma inversão da tendência.

“Este é um momento crucial para reunir a indústria dos moldes em Portugal que, graças à sua resiliência e dinamismo, está novamente numa evolução positiva de crescimento”, afirma o presidente da Associação Nacional da Indústria de Moldes (Cefamol), João Faustino.

“Os mercados internacionais continuam a ser o foco desta indústria que, após anos difíceis devido ao impacto da pandemia e da guerra na Ucrânia, apela a instrumentos de recapitalização eficientes e de crédito para impulsionar e dinamizar o futuro, fortalecendo o investimento em tecnologia e inovação, acrescentando capacidade de produção”, adianta João Faustino.

A propósito do congresso, que se prolonga por sábado, sob o lema “Moldar (n)um mundo em mudança”, o presidente do Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (Centimfe) e vice-presidente da Cefamol, Nuno Silva, disse ao jornal ECO que “o ciclo prolongado de quebras nas exportações, que representam 84% do total da produção, avaliada em 605 milhões de euros, foi interrompido em 2022”.

No ano passado, as exportações da indústria de moldes chegaram a 87 países e ascenderam a 505,4 milhões de euros, ficando 1,4% acima do registo de 2021. Mas, ainda assim, 25% abaixo do máximo verificado em 2017, quando exportou 671,8 milhões de euros.

Em declarações ao jornal, Nuno Silva desvaloriza a subida das importações de 142,3 milhões para 161 milhões de euros, no ano passado, e espera “um novo crescimento na ordem dos 3,5% no final deste ano”.

A indústria é constituída por 500 empresas, concentradas sobretudo nas regiões de Oliveira de Azeméis e da Marinha Grande, e emprega 10.400 pessoas.

Nesta altura, como disse o presidente do Centimfe ao ECO, o esforço não é “passar o peso do automóvel de 80% para 60% ou para 50%, que é muito difícil”, mas “conseguir mais 2% ou 3%” nos outros sectores.

O congresso “Moldar (n)um mundo em mudança”, organizado pela Cefamol, conta com 300 participantes, provenientes de mais de 100 empresas e entidades, e acolhe especialistas nacionais e internacionais, que apresentam diversas perspetivas sobre a evolução e estratégias para o cluster.

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