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Ambiente

CIMRL lança 18 medidas para fazer face às alterações climáticas

A Estratégia Climática de Adaptação às Alterações Climáticas da Região de Leiria identifica como eventos climáticos de maior risco a temperatura média anual, as ondas de calor, a precipitação intensa e a seca.

A seca é um dos eventos climáticos de maior risco, segundo as projeções do documento da CIMRL

Entre economia, ambiente e sociedade, são 18 as medidas que a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) propõe para fazer face às alterações climáticas.

A Estratégia Climática de Adaptação às Alterações Climáticas da Região de Leiria, elaborada em março passado, identifica como eventos climáticos de maior risco a temperatura média anual, as ondas de calor, a precipitação intensa e a seca. Eventos estes que, “conjugados com situações de ondulação marítima elevada”, podem levar a “casos de alerta nas zonas costeiras e ampliação da erosão” das mesmas, especialmente na Marinha Grande, em Leiria e em Pombal.

Segundo o mesmo documento, nos municípios do interior da região de Leiria de relevo mais irregular, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, a ocorrência de precipitação intensa poderá “induzir movimentos de massa e o consequente deslocamento das vertentes mais declivosas”.

De acordo com as projeções feitas pela CIMRL em colaboração com a Universidade de Aveiro, a temperatura poderá aumentar até 2 graus Celsius em 2027, há uma tendência para aumento da duração das ondas de calor, entre 7 e 15 dias, “sendo provável um aumento da sua frequência”.

É ainda esperado um agravamento da situação de seca, evoluindo de “seca normal para seca extrema”; o aumento dos períodos de precipitação intensa e a tendência para “agravamento climático generalizado”, com um “aumento da magnitude da velocidade máxima do vento”.

Medidas propostas

Para fazer face ao aumento da temperatura e das ondas de calor

  • Melhoria do conforto térmico: promover a adaptação do edificado ao clima da região de Leiria e às projeções climáticas, recorrendo, por exemplo, aos princípios da arquitetura biomecânica
    Horizonte temporal: até 2030
  • Integração de medidas de prevenção de fogos florestais nos instrumentos de ordenamento e planeamento: organizar os espaços florestais e preparar o território para eventos climáticos extremos
    Horizonte temporal: até 2025
  • Adoção de medidas de ordenamento florestal e mecanismos de prevenção de incêndios: promover a valorização do papel dos ecossistemas florestais e a gestão sustentável das áreas afetas à floresta;
    Horizonte temporal: até 2025

Para reduzir os efeitos da seca

  • Otimização dos sistemas de abastecimento de água: promover uma gestão mais eficiente do sistema de abastecimento de água
    Horizonte temporal: até 2030
  • Elaboração do Plano Intermunicipal de Contingência para períodos prolongados de seca: objetivo de minimizar impactes decorrentes da seca
    Horizonte temporal: até 2025
  • Elaboração de um programa de uso eficiente de água: criar um programa à escala e adaptado à região de Leiria
    Horizonte temporal: até 2025
  • Promoção de práticas agrícolas e florestais mais sustentáveis: diferenciar o território e promover a sua sustentabilidade
    Horizonte temporal: até 2030

Para fazer face à previsão de precipitação intensa

  • Elaboração do Plano de Gestão de Risco de Cheias: para minimizar impactes de inundações
    Horizonte temporal: até 2025
  • Retenção temporária de água: implementar mecanismos de retenção temporária, como uma bacia de retenção
    Horizonte temporal: até 2030
  • Reabilitação dos ecossistemas ripícolas e húmidos: estimular a sua estabilidade ecológica
    Horizonte temporal: até 2030

Medidas transversais

  • Promoção da multifuncionalidade das florestas
    Horizonte temporal: até 2030
  • Reforço dos sistemas de alerta antecipado: desenvolver um sistema de alerta para melhor preparar os decisores e a população
    Horizonte temporal: até 2030
  • Produção de cartografia do risco associada ao clima: identificar e mapear zonas suscetíveis a riscos climáticos
    Horizonte temporal: até 2025
  • Realização de campanhas de sensibilização e educação da população e da comunidade escolar: alertar para as consequências das alterações climáticas e incentivar a mudança de comportamentos
    Horizonte temporal: até 2030
  • Renaturalização urbana e introdução de soluções com base na natureza: incremento de áreas de sumidouro de carbono e aumento da resiliência do território às alterações climáticas
    Horizonte temporal: 2030
  • Promoção de medidas de adaptação de estruturas precárias e sensíveis a eventos climáticos extremos: adoção de medidas que promovam a integridade e a resistência a fenómenos climáticos extremos
    Horizonte temporal: até 2025
  • Promoção de mecanismos financeiros locais (mercado de carbono e pagamento de serviços de ecossistemas): aumentar a capacidade adaptativa de âmbito municipal
    Horizonte temporal: até 2025
  • Promoção de práticas de controlo e mitigação de espécies invasoras, vegetais ou animais: garantir o equilíbrio e resiliência dos ecossistemas
    Horizonte temporal: 2030

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