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Eletrificação do troço Meleças-Caldas da Rainha concluída até junho de 2024

O prazo foi avançado à Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste – CPDLO pelo secretário de Estado das Infraestruturas.

A modernização e eletrificação do troço Meleças-Caldas da Rainha, na Linha do Oeste, deverá ficar concluída no final do primeiro semestre de 2024, divulgou hoje a Comissão Para a Defesa da Linha, após reunião com a tutela.

O prazo foi avançado à Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste – CPDLO pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, no âmbito de uma reunião sobre a Linha do Oeste e a situação das obras de modernização e eletrificação, bem como a renovação do material circulante.

Na reunião, realizada na quarta-feira, a CPDLO manifestou “preocupação quanto aos atrasos verificados, à incerteza de conclusão da obra e à possibilidade de os financiamentos comunitários se perderem”.

Em comunicado, a Comissão dá nota de que o secretário de Estado “assumiu que o Ministério das Infraestruturas e a Infraestruturas de Portugal (IP) não conseguem dar um prazo exato de conclusão da obra, mas que, até ao final do primeiro semestre de 2024, a modernização e eletrificação estarão concluídas em todo o troço” Meleças (no distrito de Lisboa) – Caldas da Rainha ( no distrito de Leiria).

No que toca à modernização e eletrificação do troço entre Caldas da Rainha e Louriçal, “já com um atraso de um ano, em relação ao inicialmente previsto”, a informação prestada pelo governante à CPDLO foi de que “o concurso para o projeto será lançado ainda neste trimestre, depois de ter sido obtida a autorização do Ministério das Finanças”.

Na reunião, a CPDLO alertou para a necessidade de o Ministério das Infraestruturas e os municípios influenciados pela linha se coordenarem para “garantir uma maior eficácia na resposta às necessidades de mobilidade das populações e na construção de infraestruturas intermodais, nas localidades de maior dimensão”.

A CPDLO propôs ainda ao governante que, aquando da interrupção de circulação de comboios entre Torres Vedras e Meleças para a modernização dos quatro túneis daquele troço, que a IP prevê que dure de quatro a seis meses, “fique garantida, a eficácia do transporte rodoviário” para minimizar as perturbações para os utentes.

Ainda no que respeita ao troço entre Caldas da Rainha e Louriçal a comissão manifestou a preocupação de que esta obra possa arrastar-se até 2030, o que poderá provocar “uma descontinuidade na operação da linha (eletrificada e não eletrificada), com custos acrescidos de exploração para a CP”, pode ler-se no comunicado.

A comissão alertou ainda para a renovação do material circulante, sublinhando que, apesar de não haver “para já problemas de maior quanto às composições 592 (conhecidas por ‘camelas’)”, com o passar do tempo “a situação tenderá a agravar-se, pelo que se impõe a sua substituição”.

Em resposta a esta preocupação, o secretário de Estado informou que, “como solução intermédia, serão postas a circular na Linha do Oeste as composições 450 renovadas”, prevendo que haverá uma primeira entrega das novas composições em 2025, “podendo vir para Portugal uma ou duas, para testes, em 2024”.

No comunicado, a CPDLO afirma que irá continuar a acompanhar a evolução das obras de modernização e eletrificação da Linha do Oeste e de substituição do material circulante, e que continuará a insistir na concretização da ligação desta via-férrea à Linha de Cintura, em Lisboa, via Loures.

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