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Leiria

Participantes na marcha em Leiria pelos direitos LGBTQIA+ foram alvo de violência

Organização refere que participantes foram atingidos com ovos, arremessados de um edifício no centro da cidade.

FOTO: Fernando Rodrigues

A organização da Leiria, Marcha! emitiu esta terça-feira um comunicado onde denuncia atos de violência, no passado domingo, dia 24, durante a marcha em Leiria.

O Movimento LGBTI Leiria, que luta pela defesa dos direitos humanos das pessoas LGBTQIA+ e contra todas as formas de discriminação, explica que quando a terceira edição da Marcha pelos Direitos LGBTQIA+ foi anunciada, nas redes sociais da autarquia e de alguns jornais, “foram vários os comentários LGBTI fóbicos que acompanharam as publicações”.

“Como se os comentários de ódio online não fossem suficientes, a violência estendeu-se à Marcha (…), tendo sido um grupo de marchantes alvo de arremesso com ovos, aparentemente de alguma janela no largo 5 de outubro, no centro da cidade de Leiria”, refere o comunicado.

“As pessoas agressoras, ao atirarem ovos e ao esconderem-se, só demonstram a sua cobardia e impunidade que parece existir neste tipo de ataques”, acrescenta.

Este não é o primeiro caso, segundo o Movimento, no último ano, de violência com participantes em marchas semelhantes. Segundo a organização, no dia 16 de setembro, em São João da Madeira, algumas pessoas presentes também foram atacadas com ovos. A situação repetiu-se a 22 de setembro, no lançamento de um livro em Lisboa e no dia seguinte, na marcha em Bragança.

“Infelizmente, em Leiria não foi diferente. É também por estes motivos que ainda é necessário marchar, pois não podemos dar como adquiridos os direitos que estão conquistados e que a todo o momento estão sob ameaça de serem retirados! É também necessário relembrar do tanto que ainda precisa ser feito”, indica o comunicado, agradecendo “a resistência de Leiria e das pessoas que marcharam juntas” em prol dos direitos da comunidade LGBTQIA+.

Realça ainda que “qualquer forma de neutralidade, seja de coletivos ou representantes públicos, demonstra conivência para com este tipo de ataques e desrespeito para com a comunidade LGBTQIA+”. “Não se pode deixar que a neutralidade propague a intolerância e a violência”, reforça o comunicado.



Secção de comentários

  • Valerio Puccini disse:

    Tento novamente com a mesma graça interpor um conceito. A primeira tentativa foi censurada, apesar de não conter mais do que um comentário educado, certamente tendencioso mas sempre educado e na crença, sugerida pelo exercício da liberdade de expressão, de que o branco pode ser contrastado, se não o preto, pelo menos ‘ampla escala de cinza. As responsabilidades são sempre individuais, assim como os comportamentos discriminatórios, tomei a liberdade de contestar não tanto a escolha da manifestação mas simplesmente o método, “lantejoulas e sapatos de salto alto”, com que estas manifestações encontram expressão. É difícil “corrigir” pessoas ignorantes e talvez violentas, impondo modelos sem possibilidade de interrogatório. Primeiro porque é possível objetar sem ser ignorante ou violento. Em segundo lugar, porque não aceito ser censurado porque digo que acredito na família, que me reconheço na minha mãe e no meu pai e que acredito que contar às crianças sobre o mundo LGTB não é uma prática correcta. No que diz respeito à discriminação entre homens e mulheres, lembro-me que muitos governos seguiram o de Maria de Lourdes Ruivo da Silva de Matos Pintasilgo, todos “progressistas”, todos a favor do mundo LGTB, todos a favor de políticas “inclusivas”, mas todos presidida por homens que com a técnica “Tony Renis”, ou seja, “Palavras, Palavras, Palavras” ainda não conseguiram dar a Portugal uma segunda Dama Primeira-Ministra. Menos palavras e mais fatos, menos lantejoulas e mais discussões, menos celulares e mais livros. Isto serve uma sociedade moderna e inclusiva, todo o resto é ruído. Com respeito, Valério Puccini

  • Valerio Puccini disse:

    Condeno sem circunstâncias atenuantes qualquer manifestação anti-libertária e neste ponto acredito que não pode haver hesitação. Gostaria de começar por dizer que na minha já longa vida nunca, e sublinho, nunca exerci qualquer comportamento incorrecto, muito menos violento, em relação a pessoas e/ou ideias. Sou uma pessoa geralmente gentil e educada que sempre procurou resolver qualquer disputa com a magia das palavras, e não com a aspereza das mãos.
    Dito isto e precisamente com base no que acabamos de sublinhar, gostaria de me opor às formas como algumas reivindicações são exercidas em “público”. Muitas vezes, se não quase sempre, estes acontecimentos imitam-se, dando a impressão de serem apenas um momento de brincadeira, em vez de uma tentativa séria de serem “reconhecidos”. Até porque quero ser livre para pensar diferente, para me reconhecer na família tradicional, para ter meu pai e minha mãe como referência e até mesmo para não concordar em nada com a tentativa de excluir do conceito de “normalidade” tudo essa tradição, ao longo dos séculos, nos trouxe até nós. Só isso, cada um leva a sua vida e segue o seu caminho, procurando ser honesto e respeitoso com os outros e nesse ponto não haverá necessidade de lantejoulas e saltos altos, a competência e a boa vontade serão suficientes. Um engenheiro pode ser bom ou não, independentemente de ter dúvidas sobre a sua sexualidade e isto aplica-se a todos os papéis que os cidadãos são chamados a exercer na sociedade. Você tem que respeitar as pessoas, não o seu avatar. Você tem que compartilhar pensamentos, não sugestões de inteligência artificial. Menos escuta dos “influenciadores” da internet, mais leitura, talvez começando por aqueles livros que, ao longo dos séculos, marcaram a história do ser humano. Não há mais nada a inventar, só se pode tentar com dificuldade interpretar e repropor, analisar e reproduzir. Mas é preciso ter muito claro tanto o trajeto quanto o destino e se um for de carro e outro de bicicleta, no final não fará muita diferença. Com respeito, Valério Puccini

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