O agrupamento de escolas de Marinha Grande Poente, sedeado na Escola Secundária Engº Acácio Calazans Duarte, integra o lote de escolas de todo o país que, a partir do próximo ano letivo, vão passar a contar com projetos-piloto de inovação pedagógica, com vista a aumentar o sucesso e a equidade escolar, que incluirão uma nova disciplina focada em “literacias”.
Uma das novidades passa pela criação de uma nova disciplina, integrada na componente de formação geral, comum aos quatro cursos científico-humanísticos, designada “Literacias e Dados”, que se junta às disciplinas de Português, Filosofia, Língua Estrangeira e Educação Física, sendo “focada em diversas literacias” e terá as “AE [Aprendizagens Essenciais] homologadas”, determina o despacho.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) esclarece que o currículo da nova disciplina inclui a literacia financeira, sem especificar mais, adianta a agência Lusa.
Outra novidade a integrar nas matrizes curriculares dos projetos de inovação pedagógica de cada escola, na oferta científico-humanística, é o designado “Projeto Pessoal”.
Trata-se de uma nova área curricular que visa o “aprofundamento dos conhecimentos, capacidades e competências previstas no Perfil dos Alunos, nas AE e na Estratégia Nacional de Educação para a adania, através da conceção, implementação e avaliação de projetos aplicados, por parte dos alunos”.
“Estes projetos podem ser de natureza científica, tecnológica, artística, social, cultural ou outra, a aprovar pelo respetivo conselho de turma”, especifica o diploma.
Esta nova área curricular terá “classificação final no ano terminal da mesma e contempla a realização de uma prova de aptidão pública”.
As novas medidas são justificadas pela necessidade de valorizar a identidade do ensino secundário e diversificar as suas formas de organização para promover uma maior participação de toda a comunidade escolar na construção de soluções curriculares “que aumentem o sucesso e a equidade, acompanhando as rápidas mudanças na sociedade, como o conhecimento em constante revisão, a globalização e o uso crescente de tecnologias digitais”.
Reconhecendo limitações nos currículos atuais, como a “rigidez curricular, a pouca articulação entre disciplinas, as limitações significativas nas possibilidades de escola dos alunos e, consequentemente, na diversificação de percursos, e o défice de competências transversais”, com esta nova medida, o Governo pretende contribuir para escolas mais inclusivas, flexíveis, inovadoras e diferenciadoras, que respondam aos desafios do mundo atual.
Segundo o MECI, o projeto-piloto vai ser aplicado em sete escolas, cinco das quais públicas, uma privada e uma escola profissional: Agrupamento de Escolas (AE) de Alcanena, AE de Caneças (Odivelas), AE de Cristelo (Paredes), AE n.º 3 de Elvas, AE de Marinha Grande Poente, Colégio Pedro Arrupe (Lisboa) e Escola Profissional de Jobra (Albergaria-a-Velha).