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Sobrinho Simões: “O meu grande medo é o aumento da desigualdade”

Médico e investigador, cidadão do Porto, com raízes no Bombarral, Manuel Sobrinho Simões é um dos mais prestigiados homens da ciência. Em conversa com o REGIÃO DE LEIRIA, não esquece os desafios da saúde, mas olha com particular atenção para uma sociedade que apesar de avanços extraordinários precisa de se reencontrar consigo própria.

FOTO: Manuel Ribeiro

O prof. Sobrinho Simões não usa telemóvel. Para contactar consigo deram-me o seu endereço de mail e por aí nos entendemos. Daqui a 25 anos é possível alguém viver sem um telemóvel?
Nunca tive telemóvel (nem nunca quis ter um…) em grande parte porque não gosto de ser interrompido inopinadamente, como frequentemente ocorreria se tivesse o tal objecto (um parêntesis para lhe dar conta que não tenho medo de telemóveis – juro – e nada tenho contra esse “instrumento” que uso com muito proveito quando preciso de ajuda e, por exemplo, estou ao pé da minha mulher – desculpe lá por favor o estilo possessivo “do” antigamente – meu filho, minha mulher, etc…). Quanto a outros aspectos talvez valha a pena salientar que a circunstância de estar perto de um telemóvel – por exemplo quando estou a conduzir – torna-me menos inseguro (para um tipo como eu que tenho medo de tudo). Ainda nesse domínio, devo acrescentar que também não tenho telemóvel porque não gosto, nem devo dar resultados de exames diagnósticos por telefone. É fundamental não criar dúvidas no clínico e ou no doente acerca do relatório anatomo-patológico de que sou responsável. Frequentemente as pessoas não conseguem aperceber-se dos diagnósticos, benignos ou malignos, quando recebem esses diagnósticos pelo telefone. Tenho um tablet há muito tempo e ando sempre com ele na mochila. Até o uso para comunicar quando vou de carro e estou atrasado por uma chatice de trânsito. Uso-o sobretudo para comunicar com amigos e clínicos. Também uso o tablet para responder a questões de doentes ou familiares. Sou um fanático de comunicação por escrito, embora adore conversar oralmente, passe o pleonasmo, noutro registo. Uso também o tablet para progredir em Palavras Cruzadas – fiquei apanhado pela utilização frequentíssima de problemas de Palavras Cruzadas depois de ter tido um AVC e haver começado a fazer exercícios com Escrita por causa das limitações da Fala. Também uso o tablet para procurar elementos desportivos, cinema, gastronomia, história, etc. etc. Do que gosto mesmo é de ler, ler, ler, usando tantos livros como jornais. Por exemplo, não assino jornais mas sou um devorador de jornais diários, semanais e revistas.


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