Um transporte gratuito a ligar a vila do Bombarral às várias aldeias do concelho entra ao serviço na quarta-feira, anunciou a autarquia.
“O projeto ‘E…peras’ permite a todas as pessoas com dificuldades de mobilidade e de locomoção aceder à sede de concelho”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara, Ricardo Fernandes.
O projeto é promovido pela Comunidade Intermunicipal do Oeste, a autoridade de transportes públicos na região Oeste.
Com a criação deste serviço de transporte, o município do Bombarral e a OesteCIM pretendem assegurar a existência de transportes públicos durante todo o ano e não apenas durante o período de funcionamento das escolas, em que há autocarros a assegurar o transporte dos alunos, acrescentou o secretário executivo da OesteCIM, Paulo Simões.
O autocarro, com 19 lugares sentados, vai “passar de forma circular” pela sede do concelho de 35 em 35 minutos, nos dias úteis da semana.
Para as deslocações entre as aldeias e a sede do concelho, o transporte assegura duas deslocações por dia, com partida de manhã e regresso à tarde, às segundas e quartas-feiras a partir da zona norte do concelho e às terças e quintas-feiras a partir da zona sul.
Desde o início do ano, as viagens dentro e entre cada um dos 12 concelhos do Oeste passaram a ser gratuitas, mediante a adesão ao Passe M Oeste.
Com a gratuitidade dos transportes, a OesteCim pretende contribuir para a descarbonização, incentivando as pessoas a viajar sem andar de carro e a aderir aos transportes públicos, conseguindo poupanças nos custos com transportes.
Já entre os concelhos da região Oeste e da Área Metropolitana de Lisboa, o passe foi reduzido de 80 ou 70 euros (dependendo da distância) para 40 euros, também desde o início deste ano.
A redução dos preços dos passes inter-regionais é um trajeto que a OesteCim iniciou em 2019, quando o passe rodoviário para Lisboa tinha um custo de 183,15 euros por mês no passe mais caro.
A gratuidade dos transportes entre concelhos e a redução do preço dos passes inter-regionais representa um investimento superior a 12 milhões de euros, dos quais três milhões são para assegurar a gratuitidade.