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Cultura

Porto de Mós recebe criações de António Faria e Afonso Cruz sobre “Os Lusíadas”

A ambos foi pedido que abordassem o canto I, no âmbito de um projeto de edição de “Os Lusíadas”, que junta a editora A Bela e o Monstro e o jornal Público.

Obras de António Faria e textos de Afonso Cruz integram “Onde a terra se acaba”, exposição que abriu ontem, 10 de junho, em Porto de Mós e que assinala o Dia de Portugal e os 500 anos do nascimento de Camões.

Em duas salas da Central das Artes de Porto de Mós, Ricardo Barbosa Vicente criou ambientes distintos, “sempre entre o vídeo, desenho e som”, que enquadram o trabalho daqueles dois artistas, explicou o curador à agência Lusa.

“São apresentadas obras já desenvolvidas pelo António Faria e obras novas, que vão abordar não só o desenho como também o vídeo”, num diálogo com trechos da análise encomendada a Afonso Cruz.

A ambos foi pedido que abordassem o canto I, no âmbito de um projeto de edição de “Os Lusíadas”, que junta a editora A Bela e o Monstro e o jornal Público, e no contexto do qual “foi convidado um artista por cada canto, de diferentes países da lusofonia, e também vários escritores, para escreverem visões críticas sobre cada canto”.

A vila de Porto de Mós, referida por Luís Vaz de Camões no canto VIII n’“Os Lusíadas”, onde é evocada como “vila forte”, suscitou “um ponto de ligação interessante para fazer uma exposição”, a primeira de várias que a organização deseja concretizar.

Apesar dessa coincidência, o trabalho expositivo vai debruçar-se sobre o canto I, o qual mereceu atenção do artista plástico António Faria e do escritor Afonso Cruz. 

“Há uma série de trechos que foram retirados da análise do Afonso Cruz, que acabam por combinar no espaço onde se tenta criar um ambiente entre o jogo de palavras e a imagem e remeter-nos a visões sobre o primeiro canto”, antecipou o curador.

Na Central das Artes, Ricardo Barbosa Vicente pretendeu “criar um cruzamento de linguagens, entre artes visuais e literatura contemporânea”, conjugando os contributos de António Faria e Afonso Cruz no “cenário imersivo que se quer que aconteça no contexto da exposição”.

Em “Onde a terra se acaba” é ainda explicada a origem da expressão “vila forte”.

“Muitas vezes, as pessoas quando estão em Porto de Mós e vão ao Castelo, veem a inscrição de Camões, d’‘Os Lusíadas’ [referente a Porto de Mós]. Mas acabam por não ter o contexto”. 

Na exposição será feito esse esclarecimento, aproveitando para transmitir “a pertinência de evocar Camões nos 500 anos”. 

“A ideia é, para além das edições que vão ser lançadas pelo jornal a partir de 10 de junho, se possa fazer circular ou desenvolver diferentes exposições por vários lugares”, sintetizou Ricardo Barbosa Vicente. 

O envolvimento de artistas de vários países lusófonos – “e são tudo nomes relevantes, sejam emergentes ou consolidados” – promove a oportunidade para esta e outras exposições “serem apresentadas em vários lugares da lusofonia”, concluiu Ricardo Barbosa Vicente.


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