Tiveram início ontem, quinta-feira, os Campeonatos Europeus de atletismo sub23, em Bergen, na Noruega, com três atletas da região a integrar a equipa portuguesa, que marca presença na prova desde a primeira edição.
Nesta edição (15ª), Portugal estará representado por 31 atletas, que participarão em 13 provas masculinas e 10 femininas.
Apenas seis destes 32 atletas já participaram nestes campeonatos, na edição de 2023, em Espoo, na Finlândia, um deles da região de Leiria: Sofia Lavreshina nos 400 metros barreiras.
Pedro Pires no salto em comprimento, Tiago Ramos nos 20 k m marcha, Gabriel Maia nos 200 metros, Francisco Marques nos 110 metros barreiras e Diogo Barrigana nos 400 metros barreiras foram os restantes.
A pombalense Sofia Lavreshina, que é atleta do Sporting, foi a primeira atleta da comitiva a entrar em ação na prova dos 400 metros barreiras, tendo concluído a 4.ª eliminatória na 2.ª posição, com o tempo de 57s60cs. A melhor marca pessoal da atleta é de 56s64cs, alcançada em Long Beach (EUA), em abril passado.
“Este ano registo a minha melhor performance de sempre. Consegui a minha segunda melhor marca pessoal e esta foi a terceira vez que consegui baixar dos 58 segundos. O meu objetivo é melhorar os primeiros 200 metros, pois sinto que os últimos 200 metros estão muito bons. Vou lutar para alcançar o meu recorde pessoal. Estou feliz”, disse, em declarações ao site da FPA. A meia final está marcada para esta tarde.
Já Beatriz Castelhano, da ACDR Arneirense (Caldas da Rainha), atleta dos 100 metros com a melhor marca pessoal de 11s59cs, obtida em Coimbra a 5 de julho, terminou a sua participação na competição na 5.ª posição, com o tempo de 11s79cs.
“Sabia que passar à fase seguinte seria uma tarefa muito difícil, especialmente porque a marca de acesso aos Europeus não é propriamente fácil. Por isso, senti que seria complicado avançar, mas dei o meu melhor. Já alcancei o objetivo da minha época, algo em que vinha a trabalhar há bastante tempo e que finalmente consegui concretizar. Estou muito contente. Quanto à estafeta de 4×100 metros que irei participar, é uma prova que me proporciona grande adrenalina. Diria até que sou mais competitiva nesta prova coletiva do que nos 100 metros individuais. A estafeta é uma prova de equipa que adoro e encaro com muita confiança. Acredito que temos excelentes hipóteses de passar à final”, referiu no final da prova de 100 metros.
Faltam entrar em prova Raquel Gomes, lançadora do disco da Juventude Vidigalense, que tem a prova de qualificação amanhã, sábado, dia 19, ao final da manhã. Se conseguir o apuramento para a final, volta a competir no domingo, dia 20.
A estafeta feminina 4×100 metros tem a qualificação no domingo de manhã e a final à tarde. Sofia Lavreshina e Beatriz Castelhano podem integrar a equipa. Ainda no domingo, Tiago Sucena, do Clube de Atletismo da Marinha Grande (CAMG), participa nos 10 mil metros marcha.
Ao longo das suas 14 presenças anteriores, informa a Federação Portuguesa de Atletismo, Portugal conquistou 14 medalhas, sendo duas de ouro, por intermédio de Carlos Calado (comprimento, em 1997) e Rui Silva (1.500 m, em 1999); sete de prata, por Carlos Calado (100 metros, em 1997), Vera Santos (20 km marcha, em 2003), a seleção masculina de 4×100 metros (Dany Gonçalves, Arnaldo Abrantes, Ricardo Martins e Yazaldes Nascimento), em 2007, por Marcos Chuva (comprimento, 2011), Etson Barros (3000 m obstáculos, em 2021 e 2023) e Leandro Ramos (dardo, em 2021); seis de bronze, por Susana Feitor (10 km marcha, em 1997), Nelson Évora (triplo-salto, em 2005), Sara Moreira (3000 m obstáculos, em 2007), Catarina Ribeiro (10000 m, em 2011), a leiriense Irina Rodrigues (disco, em 2013) e Isaac Nader (1500 m, em 2021).
A participação com maior pontuação foi alcançada logo em 1997 (três medalhas, cinco finalistas e 29 pontos), seguida de Ostrava, em 2011 (duas medalhas, seis finalistas, 27 pontos).
