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Nazaré

Bebé prematuro nasce em ambulância a caminho de Leiria e não sobrevive

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Nazaré afirmou que se tratou de “uma ocorrência completamente normal”, com um desfecho trágico, mas não existiu qualquer condicionalismo nos serviços de socorro e emergência.

FOTO: Arquivo

Um bebé prematuro nasceu na quinta-feira numa ambulância dos Bombeiros Voluntários da Nazaré, mas acabou por não sobreviver, após a admissão na Urgência Obstétrica do Hospital de Leiria, começou por avançar o jornal Expresso, tendo a informação saído em outros órgãos de comunicação social.

Os Bombeiros da Nazaré, refere o jornal, foram acionados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), transferido pelo 112, cerca das 8h30 de quinta-feira, para se deslocarem a Valado dos Frades, local do pedido de auxílio.

Foram acionados os bombeiros da Nazaré e a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Alcobaça, que já junto da grávida, com uma gestação de 26 semanas, pediram apoio ao INEM, que cerca das 8h50 aprova a ajuda extra da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do hospital de Leiria.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Nazaré, Mário Cerol, disse ao REGIÃO DE LEIRIA que a VMER saiu de Leiria, e não de Coimbra como referido pelo jornal Expresso, para se encontrar com a equipa, informação também confirmada pela Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria.

“[O encontro aconteceu na autoestrada] no nó da Marinha Grande, onde ficou a VMER e foi-se embora a SIV. A VMER de Leiria e a SIV de Alcobaça”, reforçou.

Segundo o jornal Expresso, às 9h16, o CODU foi informado que o parto tinha acontecido, às 9h10, na ambulância e com o apoio de uma ambulância de SIV, quando estavam a cerca de 10 minutos do hospital de Leiria, para onde se dirigiam.

O recém-nascido morreu após a entrada no hospital de Leiria, tendo o óbito sido declarado às 9h53.

Mário Cerol afirmou que se tratou de “uma ocorrência completamente normal”, não existindo qualquer condicionalismo nos serviços de socorro e emergência.

A ULS da Região de Leiria garantiu hoje que foram acionados todos os meios disponíveis para dar uma resposta rápida e eficaz à grávida da Nazaré que perdeu o bebé.

“Desde o primeiro momento, foram acionados todos os meios disponíveis para assegurar a resposta mais rápida e eficaz possível, dentro dos protocolos clínicos estabelecidos”, lê-se num esclarecimento enviado à agência Lusa.

Segundo a ULS, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Leiria foi mobilizada às 8h24, tendo a grávida sido acompanhada por uma equipa de Suporte Imediato de Vida.

“O parto ocorreu com a presença da equipa médica da VMER, que iniciou de imediato as manobras de reanimação ao recém-nascido”, explicou a ULS, adiantando que “estas manobras continuaram durante o transporte até à unidade hospitalar e na sala de emergência”.

A ULS salientou que, “atendendo à idade gestacional — 26 semanas — e à condição de grande prematuridade, foi prontamente solicitado o apoio do Transporte Inter-Hospitalar Pediátrico do INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica], com o objetivo de garantir uma eventual transferência para uma unidade com cuidados de neonatologia diferenciados”.

“Lamentavelmente, apesar de todos os esforços médicos, não foi possível reverter a situação, tendo o bebé vindo a falecer”, referiu.

A ULS fez saber ainda que a sua equipa de Psicologia “está a acompanhar de perto o casal, que se encontra internado em quarto individual, garantindo apoio emocional neste momento tão delicado”.

Manifestando “profundo pesar” face a esta perda gestacional, a ULS expressou “total solidariedade à família, respeitando e reiterando o seu pedido de privacidade e tranquilidade, tão importantes para atravessar este período tão sensível”.

Atuação do INEM no caso da grávida da Nazaré foi “a mais adequada”

O INEM garantiu hoje que foi “a mais adequada” a atuação do organismo no caso da grávida da zona da Nazaré que perdeu o bebé na quinta-feira.

Numa resposta à agência Lusa, a entidade que coordena o atendimento médico de emergência em Portugal refere que a sua “atuação (…) e a de todos os intervenientes nesta ocorrência foi a mais adequada”.

“A chamada foi prontamente atendida, os meios de emergência rapidamente mobilizados e foi prestada à utente e bebé, em todos os momentos, cuidados de saúde diferenciados”, precisa.

O INEM “lamenta profundamente” que “apesar dos esforços de todas as equipas envolvidas”, o desfecho da situação não tenha sido “o desejado” e “expressa sentidas condolências à família”.

Segundo o organismo, o seu CODU “recebeu, via SNS 24, uma chamada às 8h24 para apoio a uma utente, com uma gravidez de 26 semanas” e “após realização da triagem, foi enviada ao local, às 8h25, uma ambulância de SIV do INEM de Alcobaça e uma Ambulância dos Bombeiros da Nazaré”.

“O CODU tem registo da chegada dos Bombeiros da Nazaré ao local às 8h27 e da SIV de Alcobaça às 8h34”, adianta.

Refere ainda que “após a avaliação da utente, a equipa da ambulância SIV de Alcobaça contactou o CODU para transmitir os dados clínicos da ocorrência”, tendo este dado “indicação para transporte para o Hospital de Leiria e ativação da VMER“.

Acrescenta que o CODU contactou “o serviço de Obstetrícia do Hospital de Leiria para preparação da receção da utente” e “a equipa médica da TIP do INEM para eventual apoio”.

“Às 9h16, a SIV de Alcobaça informou o CODU que o parto tinha ocorrido e que a equipa médica da Viatura Médica de Emergência e Reanimação estava a prestar os cuidados necessários, e que estariam a 10 minutos do Hospital de Leiria”, tendo o CODU “registo da chegada dos meios ao Hospital de Leiria às 9h27”.

A seguir, foi contactada novamente a equipa médica da TIP e colocada em conferência com o serviço de obstetrícia do Hospital de Leiria.

Após ter recebido a “informação de que o recém-nascido tinha falecido na unidade hospitalar”, às 9h53, o CODU desativou a TIP, adianta o INEM.

A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) disse na quinta-feira que só em metade deste ano já nasceram 36 bebés em ambulâncias, considerando que tal “não é normal”.

(notícia atualizada às 16h30 de 11 de julho de 2025 com reação do INEM)


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