Procurar
Assinar

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais
Espaço dos leitores

Sobre os incêndios

“Quando é que os nossos governantes se sentam à mesa para resolver um problema anualmente adiado?”, questiona a leitora Natália dos Santos.

Estou indignada por tudo o que tem acontecido neste mês de agosto relativamente à destruição da nossa floresta. Ouvi nas notícias que ardeu 3% da nossa floresta!

Após um inverno chuvoso, que tornou as nossas encostas verdejantes e permitiu armazenar água para os meses mais secos, os mesmos em que o nosso interior ganha vida com os emigrantes que vêm visitar os seus familiares e com os turistas nacionais e estrangeiros que procuram tranquilidade e beleza natural, eis que o que era idílico se transforma numa paisagem escura com marcas de dor, sofrimento e destruição.

Quando é que os nossos governantes se sentam à mesa para resolver um problema anualmente adiado? Pessoas sinalizadas como tendo tendências pirómanas e condenados que podem reincidir devem estar confinados nos meses de verão.

As imagens dos incêndios deveriam ser banidas das televisões. Deveriam informar as pessoas do que é estritamente necessário saber: estradas cortadas e avisos da proteção civil.

O estado deveria adquirir máquinas de rasto para o país e colocá-las em sítios estratégicos das várias regiões para estarem operacionais se fossem necessárias. A nossa força aérea deveria ter aviões e helicópteros para assumir a função de combater incêndios com o profissionalismo e eficácia como já foi em tempos. As empresas particulares visam lucro e quanto mais incêndios houver, melhor.

Onde estão guardas florestais, guarda rios ou guardas da natureza que zelem por determinada área todo o ano e tenham conhecimento de espécies existentes, caminhos, cortes necessários e reflorestação? Não são técnicos em gabinetes nas cidades que sabem o que fazer!

Em 2017 ardeu o meu pinhal e, apesar de muitas promessas, a maioria do pinhal está por plantar ou o que foi plantado morreu e a paisagem continua como toda a gente pode ver. Será que não podem ser lançadas sementes do ar com drones, por exemplo, ou as plantações serem feitas na época chuvosa?

Não sinto vontade política em voltarem a plantar o pinhal de Leiria. Se D. Dinis o fez com sucesso, porque não se honram os nossos antepassados? Só isso já deveria ser motivação suficiente!

Que se faça o que é necessário com os nossos impostos, que se respeitem as pessoas, o interior do nosso país, a nossa grande riqueza que é a nossa querida floresta!

Natália dos Santos
Leiria

Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos relacionados

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.

Artigos de opinião relacionados