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Cultura

Das fissuras da cidade às linhas que nos unem, uma festa para todos no festival Acaso

De Espanha, Inglaterra, Estónia e também Portugal, entre sexta-feira e domingo, de 3 a 5 de outubro, chegam especialistas de várias artes para surpreender Leiria com seis espetáculos que juntam poesia, coragem, reflexão e virtuosismo.

Anna Krazy fecha o fim de semana com uma performance que projeta a importância do apoio

Eis que chega o fim de semana “gordo” do festival Acaso, no ponto para rechear Leiria com três dias de propostas surpreendentes, arriscadas e plenas de histórias. O festival de teatro d’“O Nariz” comemora 30 anos e dedica estes dias às famílias: entre sexta-feira e domingo são apresentados seis espetáculos (dois com sessão dupla) pensados para todas as idades.

Logo a abrir o fim de semana, ao final da tarde de sexta-feira há “Birakolore” para descobrir em três locais do centro da cidade. O Zurrunka Teatro traz de Navarra e do País Basco um casal de idosos que, vindos do mundo rural, convidam a redescobrir a vida selvagem que nasce entre as fissuras do asfalto. É um desfile de sensações e de cores que muda a nossa perceção do mundo. E recorda que havia vida antes do cimento e do alcatrão…

Também de Espanha chega “Tinglaua”, instalação teatral feita com materiais encontrados em praias, ruas, depósitos e garagens. “Eles atraíram-nos ou foram atraídos por nós – e sugeriram um impulso, uma sensação, um pensamento…”, descreve a companhia Taun Taun Teatro.

Um mergulho no subconsciente de uma mulher que cria através do papel uma realidade paralela é a proposta da também espanhola companhia Rauxa. “Anónimos” é a mistura dança e circo contemporâneo, sensível e poético, a descobrir no sábado à tarde.

Poesia não falta a João Paulo Santos, o acrobata que suspende o tempo numa coreografia densa e intensa em mastro chinês. Em “Une partie de soi”, o corpo conta a história da alma na noite de sábado.
Para domingo, reserva-se um clássico: “Punch & Judy”, o tradicional teatro de bonecos portátil inglês, com mais de 360 anos de história, viaja até ao Teatro Miguel Franco.

Esta jornada de surpresas termina com Anna Krazy. Os impressionantes números da artista da Estónia ligam o público por linhas, levando-o a observar-se, respirar em conjunto e a perceber a importância do apoio. A melhor forma de terminar a festa programada pel’“O Nariz”.

“Birakolore” lembra-nos, num percurso por Leiria, que havia vida antes do cimento e do alcatrão

Programa

3 de outubro
“Birakolore”, da companhia Zurrunka Teatro, deambula pelo Mercado de Sant’Ana, Jardim Luís de Camões e Praça Rodrigues Lobo (18h)

4 de outubro
Nova incursão itinerante de “Birakolore” no Mercado de Sant’Ana, Jardim Luís de Camões e Praça Rodrigues Lobo (11h). Depois, o Taun Taun Teatro mostra no Mercado de Santana “Tinglaua”, instalação teatral que os visitantes podem manipular (14h-18h). “Anónimos” cruza dança e circo, vem também de Espanha e é apresentado no Teatro Miguel Franco (16h, 5 euros). À noite, João Paulo Santos e o seu mastro chinês estão no Mercado de Santana com “Une partie de soi” (21h30, 5 euros).

5 de outubro
Domingo há nova exposição interativa “Tinglaua” no Mercado de Santana (10h-13h), ao mesmo tempo que, no Teatro Miguel Franco (11h, 3 euros, M3) o inglês Clive Chandler, mostra o histórico “Punch & Judy”. Da Estónia chega a performance “All strings attached”, de Anna Krazy, no Mercado de Santana (16h)


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