De Angra do Heroísmo até Leiria viaja a companhia Teatrinho para contar a história de Maria Ramos (1904-1985) no festival Acaso.
“Maria por entre Ramos de ciência e arte” é o título do espetáculo que desvenda a vida da artista plástica nascida na Ilha Terceira que conseguiu, sem nunca abandonar as artes, enveredar por um caminho então quase totalmente reservado aos homens: foi pioneira na ciência, em particular na área da genética.
O percurso de Maria Ramos deixou muitas marcas na história. Além de ter várias obras integradas na coleção do Museu de Angra, alguns dos seus artigos científicos são citados e constam no repositório Google Académico.
Do seu percurso de vida resultou, entre outras situações, ter integrado em 1948, juntamente com Manuel Valadares, seu marido, e entre outros, Alves Redol e Fernando Lopes-Graça, a delegação portuguesa que se deslocou ao 1º Congresso dos Intelectuais para a Paz e Progresso, na Polónia. Foi ainda eleita membro da The New York Academy of Sciences. Um percurso a descobrir no Teatro Miguel Franco, sábado, dia 11 (21h30, 5 euros, M14).
Antes, também no âmbito do festival Acaso, é exibido no Miguel Franco esta quinta-feira, dia 9 (21h30, 3 euros, M6), “Brin d’Amour”.
O filme do leiriense Frederico Custódio traça um retrato intimista da vida e trabalho de Alain Vigneau, conhecido arte-terapeuta e palhaço francês, que nos ensina a celebrar a tragicomédia humana.