A Associação de Desenvolvimento Terras de Sicó, que reúne os municípios de Pombal, Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela e Soure, candidatou a “Arte de construção dos muros em pedra seca no Maciço Calcário de Sicó” ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
O procedimento foi colocado em consulta pública no passado dia 14, pelo Conselho Diretivo do Património Cultural – Instituto Público. Durante 30 dias – até 26 de dezembro – a candidatura será alvo do escrutínio público e só depois disso, num prazo de 120 dias, é que será deliberado se a inscrição tem condições para avançar ou não.
Os interessados em consultar o processo podem fazê-lo presencialmente na Divisão de Cadastro, Inventário e Classificação, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
Candidatura à UNESCO
Numa nota, a Terras de Sicó afirma que este é um passo decisivo para avançar com uma candidatura da “Arte de construção dos muros de pedra seca de Sicó” a Património Mundial Imaterial da UNESCO.
Segundo a associação, a intenção “é alargar territorialmente o processo ao maciço calcário estremenho”, que é formado pelos relevos calcários das serras de Aires e Candeeiros e dos planaltos de Santo António e São Mamede, entre Ota, no concelho de Alenquer (distrito de Lisboa), e Coimbra.
Outro objetivo passa por envolver vários parceiros institucionais e as respetivas Comunidades Intermunicipais para “consolidar técnica e politicamente o dossiê em curso”.
Note-se que a construção de muros de pedra seca em calcário é uma arte ancestral, executada manualmente por mestres ou “pedreiros” que a dominam.