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Sociedade

Sete identificados por furto de eletricidade e desmantelada rede de mineração de criptomoeda no Oeste

Através da montagem de sistemas industriais de mineração, “os indivíduos criaram umas puxadas de eletricidade e assim furtaram cerca de 290 mil euros só em eletricidade”, explicou o adjunto do destacamento do comando da GNR das Caldas da Rainha.

FOTO: Arquivo

Seis homens e uma mulher foram constituídos arguidos por furto de mais de 292 mil euros de eletricidade usada em unidades industriais de mineração de criptomoedas nos concelhos do Bombarral, Óbidos e Lourinhã, informou hoje a GNR.

Os seis homens, com idades entre os 39 e 48 anos, e a mulher, de 41, foram identificados no âmbito uma investigação em que “foi desmantelada uma operação de mineração de criptomoedas a nível industrial”, afirmou o adjunto do destacamento do comando da GNR das Caldas da Rainha, Hugo Marçal.

O grupo, de quatro portugueses e dois estrangeiros “dedicava-se à mineração de criptomoedas”, atividade que não constitui crime, sendo que “a situação que estava ilícita era o furto de eletricidade que os mesmos faziam para depois, através da mineração, fazer a geração de valores monetários”, explicou.

“Através da montagem destes sistemas industriais de mineração, os indivíduos criaram umas puxadas de eletricidade e assim furtaram cerca de 290 mil euros só em eletricidade”, acrescentou Hugo Marçal, precisando que as puxadas estavam instaladas em armazéns e residências nas localidades de A-dos-Ruivos (no concelho do Bombarral) e Olho Marinho (no concelho de Óbidos), ambos no distrito de Leiria, e Reguengo Grande, no concelho da Lourinhã, no distrito de Lisboa.

A investigação, que culminou na quarta-feira com a identificação dos arguidos, foi iniciada em novembro, após ter sido “percecionado que estava a haver um pico de energia naquelas localidades”, sendo que uma delas, A-dos-Ruivos, chegou a ficar temporariamente sem energia.

Em comunicado, a GNR especificou hoje que “a potência de consumo era de tal ordem elevada, que originou várias distorções e avarias na rede elétrica, causando constrangimentos no abastecimento às populações residentes nas localidades referidas”.

No âmbito da operação, a GNR deu cumprimento a cinco buscas, três domiciliárias e duas em armazéns, mas, segundo Hugo Marçal, “não houve apreensões porque a situação ilícita é apenas e só o furto da eletricidade”, já que no que se refere à mineração de criptomoedas “em Portugal ainda não existe nenhum diploma legal que criminalize este tipo de ação”.

De acordo com o comandante, a mineralização de criptomoedas era feita com recurso a “sistemas altamente tecnológicos”, tendo sido identificados “76 processadores, interligados entre si e ligados depois à rede elétrica”.

Além do furto de eletricidade, estimado em 292 mil euros, está envolvido “um grande investimento, uma vez que desses 76 processadores interligados entre si, o valor unitário de cada um ronda entre os 1.000 e os 2.000 euros”, acrescentou Hugo Marçal.

Em comunicado, a GNR informa que dos sete elementos constituídos arguidos, cinco eram portugueses, um moldavo e um brasileiro, sendo que dois deles têm antecedentes por crimes da mesma natureza.

A ação contou com o apoio técnico da E-Redes e o reforço dos Postos Territoriais de Bombarral, Óbidos, Peniche e Lourinhã.

Os factos foram comunicados aos tribunais judiciais de Caldas da Rainha e da Lourinhã.


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