A primeira revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) da Marinha Grande, com 30 anos, foi aprovada na sexta-feira, anunciou a Câmara do distrito de Leiria, classificando o momento como histórico.
“Trata-se de um momento histórico para o concelho, uma vez que o anterior PDM remontava a 1995 e nunca havia sido alterado”, refere-se numa nota de imprensa do município, liderado por Aurélio Ferreira, do movimento independente +MpM.
Segundo a autarquia, “esta revisão representa um marco estratégico no planeamento e ordenamento do território, tendo em conta as profundas transformações económicas, sociais e ambientais que ocorreram ao longo das últimas três décadas”.
Na mesma nota de imprensa, a autarquia assinala que, entre as propostas estruturantes do novo plano, é de realçar a “criação de novas áreas de acolhimento empresarial, com destaque para o aumento das áreas industriais de 212 hectares para 883 hectares, quadruplicando o espaço atualmente disponível”.
O reforço das áreas urbanas centrais e criação de novas centralidades, a qualificação das áreas balneares (São Pedro de Moel e Praia da Vieira), criação de bolsas para habitação e preservação do património cultural e ambiental são outros dos aspetos referidos.
Entre outras áreas destacadas pelo município estão também a mobilidade urbana sustentável e a garantia do futuro da Moita, freguesia que “nunca teve planeamento próprio”.
Além da Moita, o concelho tem mais duas freguesias, Marinha Grande e Vieira de Leiria.
Citado na nota de imprensa, Aurélio Ferreira afirma que “este novo PDM resulta de um processo longo e participado, que envolveu muitas entidades e cidadãos locais, regionais e nacionais, que reflete a realidade atual do concelho, mas também a visão estratégica de futuro, baseada na sustentabilidade, inovação e inclusão”.
Salientando tratar-se de “um passo absolutamente fundamental para o futuro da Marinha Grande”, o autarca observa que, “ao não existir PDM na freguesia da Moita desde a sua integração no concelho, em 2001, existia um bloqueio ao desenvolvimento de uma zona com enorme potencial”.
“A nova proposta vem, finalmente, dar resposta às limitações infraestruturais, criar condições para que as empresas marinhenses cresçam, atrair novos investimento e melhorar a qualidade de vida de quem quer empreender, trabalhar e viver na Marinha Grande”, assegura o presidente do município.
A primeira revisão foi aprovada na sexta-feira pela Assembleia Municipal da Marinha Grande, com os votos favoráveis dos eleitos do +MpM, PS e PSD, e os votos contra da CDU, lê-se na nota de imprensa.
