A empresa responsável pela descarga de efluentes para o rio Lis, a semana passada, vai avançar com um sistema de alerta de descargas planeadas e não planeadas.
A medida, que tem um prazo de seis meses para ser concretizada, foi hoje anunciada pela Agência Portuguesa do Ambiente e faz parte do conjunto de decisões saídas da reunião de ontem, na Marinha Grande, da Comissão de Acompanhamento constituída na sequência da descarga no rio por parte da Estação Elevatória de Monte Real, responsabilidade de Águas do Centro Litoral (AdCL).
“Está ainda previsto, em articulação com a APA e com as Proteções Civis municipais, um sistema de aviso para situações de descarga planeadas ou não planeadas, a implementar no prazo de seis meses”, anuncia o comunicado.
A nota da APA anuncia igualmente várias outras medidas acertadas na reunião que ontem, na Marinha Grande, reuniu responsáveis da APA, AdCL, do Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente, dos municípios de Leiria e da Marinha Grande, da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) e da Associação de Regantes e Beneficiários do Lis.
A AdCL, anuncia igualmente o comunicado da APA, “tem em curso o reforço da fiabilidade do sistema de transporte e tratamento de efluentes, incluindo a requalificação das infraestruturas de transporte e a melhoria da desinfeção da ETAR do Coimbrão”.
Entretanto, a mesma nota faz igualmente referência aos planos de investimento na reabilitação do rio Lis, na ordem dos 3 milhões de euros. Em concreto, a APA revela ter assumido, na reunião, a candidatura, em setembro, a fundos comunitários que permitam financiar essa intervenção.
Em concreto, prevê-se a intervenção “de reabilitação do rio Lis, entre o açude do Arrabalde e a Foz”. Os trabalhos contemplam “a requalificação de um troço de 30 km do rio Lis; um troço de aproximadamente 7 km do rio Lena; as valas tributárias da margem direita, com cerca de 18 km e as valas tributárias da margem esquerda, com cerca de 32 km”.
O objetivo principal, refere ainda a APA, “é o reperfilamento do leito e das margens, de forma a aumentar a capacidade de escoamento e a secção de vazão”.