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Luciano de Almeida

Ex-presidente do CCISP

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Acesso ao Ensino Superior 2025: sinais de alarme

Sem uma rede pública robusta de alojamento, nem políticas eficazes de coesão territorial, o risco é transformar o ensino superior num privilégio reservado a quem tem capital económico, cultural ou geográfico, violando o princípio constitucional da igualdade de oportunidades.

O concurso nacional de acesso ao ensino superior em 2025 revela números preocupantes. Na 1.ª fase candidataram-se 48.718 estudantes, menos 16,4% face a 2024, tendo sido colocados 43.899, uma quebra de 12,2%. Contudo, cerca de 10% (4.401) não se matricularam. A 2.ª fase registou 17.114 candidatos, menos 13,6% do que no ano anterior. Faltando ainda a 3.ª fase, já é certo que o número total de ingressos cairá de forma significativa, com impacto negativo em muitas instituições, sobretudo nos Institutos Politécnicos, mas também, embora menos, nas Universidades, tanto no litoral como no interior, evidenciando, uma vez mais, o problema da representação social do ensino politécnico.