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Cultura

Cem mil visitantes estiveram em Óbidos no 10º Fólio que em 2026 promete ir “Para além da pele”

Festival Literário Internacional de Óbidos contou com três prémios Nobel e a mais recente Prémio Camões numa edição considerada “memorável”.

A sessão que juntou Ricardo Araújo Pereira e Joana Marques foi das mais concorridas em Óbidos, com muita gente a acompanhar a conversa até fora da Tenda Vila Literária FOTO: CMO

Cerca de cem mil pessoas marcaram presença na 10ª edição do Fólio, assistindo em Óbidos, durante 11 dias, a mais de uma centena de conversas entre autores e o público, 15 mesas de autor, tertúlias, seminários, lançamento de livros, concertos, exposições e entregas de prémios.

Entretanto, o município de Óbidos anunciou que em 2026 o Festival Literário Internacional de Óbidos vai decorrer entre os dias 8 e 18 de outubro, dedicado ao tema “Para além da pele”.

Inspirado na ativista feminista, filósofa, escritora e professora italiana Silvia Federici, o mote permite, segundo o presidente da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel, “articular corpo, território, cuidado, ecologia e memória num mesmo gesto”.

A próxima edição terá como desafio “olhar não apenas para o corpo, mas para tudo o que o corpo precisa para viver — a terra, a água, o ar, o comum”. “Para além da pele, começa o corpo do mundo”, lembrou o autarca.

No final de uma edição histórica, que contou com a presença de oito centenas de autores, entre eles três prémios Nobel – Svetlana Alexievich, J. M. Coetzee e László Krasznahorkai, que acabaria por não participar na conversa prevista devido a questões de saúde -, o Fólio festejou dez anos com um vasto programa dedicado a “Fronteiras”.

Outras presenças relevantes foram as das norte-americanas Anne Applebaum e Lionel Shriver, o israelita Avi Shlaim, o espanhol Fernando Aramburu, o irlandês Paul Murray, o francês Pierre Singaravélou ou a da poetisa e historiadora angolana Ana Paula Tavares, recém-galardoada com o Prémio Camões 2025.

“Sabemos que a literatura continua a ser a mais bela fronteira da imaginação humana. Despedimo-nos desta 10ª edição com o coração cheio e o olhar no futuro”, frisou Filipe Daniel, considerando a edição que agora terminou “memorável” e “plena de significado”.

Foram onze dias “de intensa partilha, em que a literatura cruzou línguas, continentes e sensibilidades” numa prova viva de que “a cultura une comunidades e projeta Óbidos no mundo”, salientou.

FOTO: CMO
Ana Paula Tavares (ao centro), a mais recente Prémio Camões, também esteve em Óbidos, aqui numa conversa sobre “As Fronteiras de Camões ou Camões sem Fronteiras” na Livraria Artes & Letras, que contou ainda com Orlando Piedade (São Tomé e Príncipe), José Luiz Tavares (Cabo Verde), Luís Carlos Patraquim (Moçambique), José Luís Mendonça (Angola), Inocência Mata (São Tomé e Príncipe) e Ernesto Dabó (Guiné) e António Carlos Cortez na moderação


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